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O custo de vida elevou-se, consideravelmente, no mês passado, com o aumento generalizado dos preços de bens e serviços. Dados recolhidos em Abril último pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, quando comparados com os do mês anterior (Março), indicam que o país registou uma inflação na ordem de 1,13%.
A Autoridade Estatística constatou que as divisões de alimentação e bebidas não-alcoólicas e de transportes foram as que tiveram maior peso inflacionário, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,54 e 0,48 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente.
“Entretanto, em relação à variação mensal por produto, é de destacar o aumento dos preços da gasolina (5,9%), do pão de trigo (8,5%), do peixe seco (9,5%), do gasóleo (7,1%), do óleo alimentar (4,0%), de viaturas ligeiras de segunda mão (2,4%) e do carapau (1,6%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 1,06 pp positivos”, lê-se no relatório do inquérito do INE.
No entanto, em Abril nem todos os produtos subiram de preço, como é o caso do tomate que a Autoridade Estatística calculou que o preço baixou em 1,5%, o peixe fresco em 1,6% e a couve em 4,1%. O abrandamento do preço desses produtos contrariou a tendência de aumento da inflação, ao contribuírem com cerca de 0,11 pp negativos.
O INE calculou que, de Janeiro a Abril do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 4,51% (contra 7,90% de igual período de 2021), influenciada pelas divisões de alimentação e bebidas não-alcoólicas e de transportes que tiveram maior destaque, ao contribuírem no total da variação acumulada com cerca de 2,34 pp e 1,39 pp positivos, respectivamente.
Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do país, nota-se que, em Abril findo, todas as cidades registaram aumento de preços, com a Cidade de Nampula a destacar-se com cerca de 1,36%, seguida da Cidade da Beira com 1,16% e, por fim, a Cidade de Maputo com aproximadamente de 0,99%. Tal como acontece por todo o mundo, quanto mais altos forem os preços, menor é o poder de compra dos cidadãos. (Carta)
