Volvidos 14 meses, ninguém sabe do seu paradeiro. Fontes contactadas pela “Carta” dizem que no dia em que começou a ser notada a sua ausência, teriam visto uma viatura de tracção às quatro rodas, de cor branca, transportando quatro pessoas desconhecidas (e na altura mascaradas), que supostamente teriam raptado o empresário e levando-o para Mocímboa da Praia. No dia seguinte, os familiares denunciaram o caso às autoridades, mas desde essa data a esta parte nada aconteceu
Momade Bacar Nacir (ou Udolombo, como é conhecido localmente) era um homem bem-sucedido nos negócios. Antes disso tinha sido funcionário público. Foi um dos maiores fornecedores de cimento no mercado de Palma. Além disso, Nacir também comercializava produtos importados da Tanzânia. Mais tarde, passou a adquirir terrenos e, com a descoberta de gás na região de Palma, encontrou uma oportunidade para vendê-los a investidores, o que lhe rendeu muito dinheiro. Num dos espaços foi erguido um dos maiores hotéis de Palma. Momade Bacar Nacir era um muçulmano de corrente salafista, tendo feito parte de um grupo de cidadãos que construiu uma Mesquita, porém, esta viria a ser encerrada pelas autoridades, e os seus membros acusados de propagar “teorias de insurgência”(Saíde Abibo)