Depois do vazio da comunicação do Sernic sobre o estado da investigação do caso do baleamento de Agostinho Vuma, Presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), “Carta” apurou o seguinte, de fontes impecáveis próximas do processo:
Foi detido um agente da PRM de nome Salimo. Recorde-se que, de acordo com um guarda do prédio residencial onde Vuma montou a sede da sua empresa de construção civil, juntando dois apartamentos contíguos, o Presidente da CTA mencionou o nome “Salimo” no momento em que era alvejado.
Foi com base apenas nesse depoimento que a detenção do agente Salimo foi feita (ele é irmão dum outro policial assassinado brutalmente, há poucos anos em Maputo). ”Carta” não conseguiu apurar se foi feita uma diligência específica de reconhecimento, onde o guarda reconheceria o autor dos disparos. Consta que os dois assaltantes estavam mascarados (mesmo assim Vuma reconheceu o tal Salimo).
Vuma já foi levado à África do Sul, para acelerar sua recuperação médica. Mas seu depoimento é fundamental para a investigação. Para já, a única peça processual relevante é a custódia do agente Salimo. Contudo, de acordo com nossas fontes, ele recusar ter participado do assalto a Vuma (“Carta” desconhece se ele tem um alibi).
No seio da investigação, há mesmo quem duvide que tenha sido “este Salimo”. Porque? Porque este Salimo é um indivíduo experiente no gatilho; ele teria feito “trabalho completo” (assume-se que a intenção era a de assassinar Vuma).
Por outro lado, um pouco depois das instalações da Vuma Construções, na Josina Machel, localiza-se um estabelecimento religioso islâmico com proteçcão policial; todo o agente policial sabe disso e não arriscaria intentar um assassinato em plena luz dia naquela zona. A recuperação de Agostinho Vuma é, pois, fundamental para a clarificação do crime, da sua motivação e identificação e punição dos mandantes. (M.M.)