Vinte e quatro horas após “Carta” ter noticiado que se recorreu ao uso de “magia negra” para descobrir os autores do ataque que tirou a vida a duas pessoas, na aldeia Litingima (em Nangade) a 27 de Novembro, o Administrador daquele distrito da província de Cabo Delgado, Dinis Issa Mitande, contactou-nos para colocar os pontos nos “ii´s”.
Mitande esclareceu que essa informação começou a circular em quase todo o distrito, cinco dias depois do referido ataque. Daí que se tenha dirigido ao local para se inteirar da veracidade da mesma.
Na reunião que manteve com a população, no passado dia 03 de Dezembro, explica a fonte, não se confirmou a suposta baixa das Forças de Defesa e Segurança (FDS), originada por “magia negra” e muito menos a presença de um tal curandeiro tanzaniano, supostamente contratado para o efeito.
Mitande confirmou apenas a ocorrência do ataque, afirmando que a actuação do grupo que aterroriza a província, desde 05 de Outubro de 2017, demonstra que alguns dos seus integrantes são efectivamente naturais de Nangade, isto, pelo (seu) conhecimento das infra-estruturas e propriedades destruídas, bem como dos alvos que seleccionam para atacar.
Garantiu ainda que a população continua vigilante, mesmo com a presença das FDS em todo o perímetro do distrito.
Entretanto, fontes da “Carta” reiteraram que, após o ataque, a população de Litingima procurou um curandeiro para “enfeitiçar” o grupo que atacou aquela aldeia. Sucede, porém, que, ao invés disso, o que se assistiu foi a morte estranha de membros das FDS, o que lhes leva a suspeitar do envolvimento destes (membros das FDS) no ataque. (Carta)