“Todos os ataques estão, neste momento, a ter resposta adequada por parte das FADM [Forças Armadas de Defesa de Moçambique] e não nos convém aqui referir quem são as pessoas que foram detidas e quantas pessoas foram detidas. O que garantimos é que há uma resposta e, em devido momento, iremos dizer quem são as pessoas detidas”.
Foi nestes termos que o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Orlando Mudumane, reagiu à “Carta” em torno do ataque, semana finda, ao acampamento das Forças de Defesa e Segurança (FDS), no Posto Administrativo de Quiterajo, distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado, que resultou na morte de 10 agentes, para além do incêndio de viaturas e blindados.
Falando, esta quarta-feira, a jornalistas na “retomada” dos briefings semanais da PRM, que não se realizavam há quase três meses, Mudumane negou, como sempre, abordar abertamente o facto, alegando que “mais do que publicitar as consequências das acções criminosas dos malfeitores, o mais importante é realçarmos a prontidão e o engajamento das FDS nas várias acções operativas que estão sendo levadas a cabo nessas áreas, no sentido de combater e neutralizar os malfeitores”.
Lembre-se que os 10 agentes das FDS foram assassinados, na quarta-feira da semana passada, quando os insurgentes realizaram três incursões simultâneas nas aldeias Ilala, Mitacata e na sede do Posto Administrativo de Quiterajo, naquele distrito costeiro de Cabo Delgado.
Durante o referido ataque, os insurgentes queimaram também o Centro de Saúde local. Também queimaram, roubaram e vandalizaram maior parte dos bens da população de Mitacata, momentos antes de invadir aquela posição militar. (Carta)