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terça-feira, 14 maio 2019 09:10

Adiada a sentença do paquistanês procurado nos EUA por tráfico de drogas

Foi num ambiente de suspense, nervosismo e ansiedade que, nesta segunda-feira (13 de Maio), anónimos, jornalistas, advogados e outros interessados aguardavam o anúncio da sentença do julgamento do caso do pedido americano de extradição do cidadão paquistanês Tanveer Ahmed Allah ou, simplesmente, Galby, procurado pela justiça norte-americana por tráfico de drogas.

 

A leitura da sentença estava marcada para as 11 horas, entretanto, mesmo com a presença de representantes dos Estados Unidos da América (EUA) e dos advogados do acusado na sala de audiências do Tribunal Supremo, nem a Procuradora Amabélia Chuquela, nem o Juiz Conselheiro Luís Mondlane, que preside ao caso, se fizeram presentes, uma situação que deixou todos os presentes boquiabertos.

 

O silêncio do Tribunal em relação à situação prolongou-se por quase quatro horas. Só por volta das 15 horas é que uma funcionária veio anunciar que o julgamento estava adiado, porque o colectivo de juízes ainda não tinha decidido sobre o caso, uma vez que estava a atender a um outro caso, "mais complexo" que o do paquistanês. O réu chegara, entretanto, ao Tribunal por volta das 10:30 horas, sob fortes medidas de segurança.

 

Tanveer Ahmed é acusado por um Tribunal do Texas, nos EUA, de ser “barão de drogas”. Aliás, aquando da sua detenção, no ano passado, no município da Matola, província de Maputo, Ahmed encontrava-se com 34 kg de cocaína e mais 2 kg de haxixe. O paquistanês foi detido conjuntamente com outros três cidadãos, dois de origem tanzaniana (Kassimo Ali Selemane e Adamo Mussa Munhamane) e um queniano (Abraham Msee Mussa).

 

Kassimo Ali Selemane foi condenado a dois anos de prisão por uso de documentos falsos e Adamo Mussa Munhamane a 18 anos de prisão. Por sua vez, Abraham Msee Mussa foi absolvido pelo Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado, assim como Tanveer Ahmed.

 

Segundo apurámos, aquando da detenção da “rede” de Ahmed, foram apreendidas 24 viaturas roubadas e que eram usadas como instrumentos do crime. Tanveer Ahmed Allah encontra-se detido, desde 10 de Janeiro e, conforme a “Carta” apurou de fontes próximas do processo, “não há dúvidas de que o visado é mesmo barão de drogas” e que “tem protecção de certas figuras políticas e judiciárias a nível nacional, que tudo podem fazer para não ser extraditado para os EUA”.

 

Tanveer Ahmed é visto como quem coordena as actividades de uma rede internacional a nível da África Austral. A leitura da sentença da extradição do visado foi remarcada para esta quarta-feira (15 de Maio). (Omardine Omar)

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