De eleição em eleição temos experimentado novas espécies de voto que acabamos normalizando a sua prática. Há uns votos aí que já deviam ser legalizados e aperfeiçoados. Estou a falar do voto-eléctrico, do voto-fermento e do voto-bebé.
O voto-eléctrico é aquele produzido pela É-Dê-Eme na hora da contagem dos votos nas mesas. É um voto que aparece com o corte de energia. O voto-eléctrico é amigo da escuridão, e não gosta de lanterna, panti/xipefu, lua e quaisquer outras fontes de luz.
O voto-fermento é aquele que se multiplica depois que entra na urna. É um voto multiplicador. É um voto que faz "vezes dois" sozinho. Quando você pensa que tem cem votos na urna (que é o número real de pessoas que votaram), milagrosamente, você encontra duzentos. O voto-fermento sofre de mitose - um processo de divisão celular onde a célula do voto se divide e dá origem a duas células-filhas, portanto, dois votinhos. O voto-fermento cresce sozinho como Arroz Ngonhama na panela.
Por fim, temos o voto-bebé. O voto vem no colo. É acompanhado pelas suas mães ou pais. Muitas vezes, o voto-bebé sai das blusas das membros das mesas de votação. O voto-bebé nasce na maternidade da sede do partido e, em seguida, é escolhida uma mãe para ele. Normalmente, as mães costumam carregar cerca de uma dúzia de bebés de cada vez. Mesmo sem chorar, a mãe sortuda enfia o novo filho no "sutiã" para mamar e, quando se sente sozinha e sossegada na Assembleia de Voto, a mãe expele os bebezinhos na urna tipo "virungunhas" (girinos).
Devíamos deixar a vergonha de lado e assumirmos a nossa moçambicanidade. Esses tipos de votos são tipicamente nossos. Fomos nós que os inventamos e não devíamos ter vergonha deles. Devíamos legislar, legalizar e legitimar. Só assim todos os candidatos e partidos podem ter a chance de concorrer por igual.
Devíamos dar a cada candidato e partido concorrente a oportunidade de introduzir os seus votos-eléctricos durante o apagão, os seus votos-fermento a cada troca de urna e os seus votos-bebé a cada sossego. Assim, para além dos votos válidos, nulos e brancos, podíamos mencionar também os eléctricos, os fermentos e os bebés de cada Assembleia de Voto e podíamos contabilizar esses últimos para cada candidato e partido concorrente.
É que assim como as coisas estão não é justo. Apenas certos candidatos e partidos têm o privilégio de usar esses novos tipos de voto. E isso não é bom para a nossa democracia. Se há outras alternativas a democracia, que seja para todos por igual. Se há manobras, que sejam por todos conhecidas. Se é para competirmos no escuro, que digam. Se a competição é sobre qual é o partido que tem as mulheres com "sutiãs" mais bigs, que assim seja. Mas, faxavor, legalize-se!
- Co'licença!
Buda pôs de castigo dois Monges que haviam cometido uma infracção. O castigo era que os dois Monges fizessem ioga durante todo o dia. Passadas algumas horas de meditação, os dois Monges tiveram vontade de fumar. Decidiram, então, pedir o consentimento do Buda que estava num cantinho do templo fumando o seu cachimbo de bamboo.
Decidiram ir um de cada vez. O primeiro chegou ao Buda e disse: Buda, posso meditar enquanto fumo um cigarro? A resposta foi negativa. Então, foi o segundo e disse: Buda, posso fumar um cigarro enquanto medito? O Buda disse que sim e ofereceu-lhe um dos seus cigarros.
Vendo a sorte do seu colega, o Monge que não foi autorizado a fumar foi ao Buda reclamar do seu azar. Foi daí que o Buda disse: cada pergunta tem a resposta que merece. Fumar enquanto medita é diferente de meditar enquanto fuma, assim como José Maria é diferente de Maria José.
Isto vem a propósito do comunicado do Comando Geral da Polícia em relação ao envolvimento dos seus Agentes no assassinato do respeitado Anastácio Matavele, Delegado do FONGA e Coordenador da SALA DA PAZ na província de Gaza, ocorrido na passada segunda-feira. Na verdade, o comunicado não está claro se o envolvimento dos quatro Agentes da Polícia foi um mero acaso ou foi um trabalho de rotina normal. Ou seja, não ficou claro se aquela emboscada era uma bolada dos Agentes ou era uma missão de serviço normal. Isto é, ainda não percebemos se matar pessoas inocentes é um "part-taimi" dos Agentes ou é o seu trabalho diário normal. Para ser mais directo, os assassinos são Agentes da Polícia ou os Agentes da Polícia são assassinos?
Parece complicado, mas não é. Uma coisa é descobrir que os assassinos do professor Matavele são Agentes da Polícia da República de Moçambique e outra, bem diferente, é revelar que, afinal de contas, os Agentes da Polícia da República de Moçambique são assassinos. Uma coisa é um Agente meter-se no crime por mero circunstancialismo da circunstância ou mero acidente e outra é um assassino meter-se na corporação policial de forma profissional, reconhecida pelo Estado e disfarçado em Agente.
Fiz-me entender? Um assassino que é Agente e um Agente que é assassino não é a mesma coisa. Um assassino Polícia é muito diferente de um Polícia assassino. Uma coisa é um Polícia ser contratado para ser assassino e outra, bem diferente, é um assassino ser contratado para ser Polícia. Assassinos na corporação e corporação de assassinos são coisas bem diferentes.
Faltou este esclarecimento no comunicado. Não ficou claro. Aguardemos que o Comandante em Chefe faça esta 'esclaração'.
- Co'licença!
Se o mais velho Anastácio Matavele foi considerado "persona non grata" pelo sistema a ponto de ser mapeado e fuzilado em plena luz do dia, imagina, então, malta nós. Quem conheceu o Matavele sabe do que falo: um homem de discurso pacífico, moderado e reconciliador; um homem moderado e humilde. Na verdade, uma das pessoas mais coerentes e coerentes que conheci durante este tempo todo que estou na SALA DA PAZ.
Se uma pessoa assim está na lista negra do sistema, então, em que lista estou eu com meus bradas malta Mutoua, Zefanias, Ferreira, Quitéria, Frei Manhiça, etecetera?! Em que lista está a SALA DA PAZ toda?! É que o cota Matavele era a pessoa que conseguia baixar os nossos ânimos. Que conseguia nos lembrar que estávamos na SALA DA PAZ.
Então, não seria melhor o sistema enviar-nos cartas de pré-aviso do nosso assassinato?! Não seria melhor o sistema enviar-nos em carta fechada os itinerários das nossas mortes uns dias antes?! Para facilitar o trabalho, não seria melhor o sistema lançar uma bomba atómica para o local onde vamos reunir na próxima sessão da SALA DA PAZ?! Para não morrermos espalhados pelas ruas, não seria melhor o sistema mandar fazer sobremesas de pudins fosfóricos e todos darmos os nossos últimos suspiros no "cofi-brequi" de uma sessão?!
Está mais do que claro que em Moçambique, hoje em dia, já não é mais Deus que manda nos nossos destinos. É o sistema. Já não podemos mais dizer "seja feita a vontade de Deus!" porque Deus já tem um gabinete sucursal aqui na banda que é gerido pelo sistema - o Governo. Agora é o sistema que traça os nossos destinos. Agora, é só esperarmos ansiosamente pelo itinerário das nossas mortes sentados. Seja feita a vontade do sistema! Tudo depende do sistema. Mas se depender de nós, o sistema pode cair.
- Co'licença!
A SALA DA PAZ é uma grande escola de democracia. Começou em Nampula e agora se expandiu pelo país todo, buscando mais aprendizado, formas harmoniosas de resolver diferenças políticas e aprimorando a transparência na gestão dos processos eleitorais. É uma grande escola e fazer parte dela tem sido igualmente uma grande honra.
Posso me gabar de conhecer a SALA DA PAZ por dentro. Mas, como não há bela sem senão, parece que alguém descobriu que esta plataforma é um laboratório de lapidação de futuros políticos, um esconderijo de políticos acobardados e quiçá um terreno de espionagem política. E isso me preocupa muito. Me dá muito medo.
Parece que as pessoas que a gente confia os planos e as estratégias desta importante plataforma, a dado momento, acabam sendo recolhidas ou resgatadas pelos partidos políticos - esse ópio civilizacional. De manhã você está a discutir assuntos muito sérios da SALA DA PAZ com alguém e a noite você fica sabendo que esse mesmo alguém está na lista do partido A, Bê, Cê... Xis, Dabliu ou Zé. Isso me preocupa muito. Me dá muito medo.
O meu medo é de chegarmos à uma fase em que a plataforma será tomada de assalto pelos partidos políticos. Uma fase em que os partidos políticos terão membros-permanentes na SALA DA PAZ por quotas de representação parlamentar. Uma fase em que esta plataforma não passará disso, simplesmente uma plataforma. Uma fase em que a SALA DA PAZ cairá no descrédito da opinião pública. Uma fase em que a própria SALA DA PAZ não saberá dizer o que ela é na essência. Uma fase de uma SALA DA PAZ sem termos de referência claros e objectivos. Uma organização suspeita. Uma plataforma sem identidade.
Tenho medo que as pessoas não saibam em quem e em o que acreditar. Dizia Aristóteles, a primeira verdade de um discurso é o seu próprio orador. Tenho medo que as pessoas percebam que já não somos mais verdadeiros quanto os nossos discursos. A opinião pública ainda espera muito de nós.
São os meus medos. Nada contra as decisões de quem quer que seja. Nada contra as pessoas se filiarem onde quer que seja. Só não me agrada que as pessoas usem organizações da sociedade civil como a SALA DA PAZ para fazerem preliminares. Uma organização que faz observação e monitoria do processo eleitoral não pode ser a porta de entrada para a política activa. A SALA DA PAZ não merece essa fama. Qualquer um é livre de se filiar a qualquer partido político que lhe apetecer, mas que não seja através da montra da SALA DA PAZ.
Não sou de cortar liberdades de ninguém, mas não podia deixar de partilhar os meus medos. Medo de entrar numa sessão e não saber quem é quem ou quem será quem mais logo ou, pior, quem sou eu. Medo de não saber se vale a pena este compromisso. Medo de não saber a quem dedico as minhas energias. Medo de gritar de júbilo ou de desmaiar no dia de votação. Medo de não conseguir acudir a luta entre o meu eu e o meu mim. Medo de ser um porta-voz de uma organização sem voz nenhuma. Medo de pensar que tudo é normal e que os fins justificam os meios. Medo de confundir opiniões e burlar expectativas.
São muitos os meus medos sobre o futuro da SALA DA PAZ. São enormes os meus medos.
- Co'licença!
Houve tempos em que, por estas alturas, estávamos a debater a nossa história e o nosso futuro como nação. No dia 3 de Fevereiro discutiamos sobre os contornos da morte de Eduardo Mondlane; no 25 de Junho, sobre os ganhos da nossa independência; no 25 de Setembro, a génese da luta armada e o título de propriedade do primeiro tiro e por aí fora.
Nessa altura haviam jovens jornalistas irreverentes que fizeram história. Jovens que se preocupavam em entender, por exemplo, como é que o primeiro presidente da FRELIMO - doutor Eduardo Chivambo Mondlane - morreu numa explosão de uma encomenda armadilhada (um livro), no seu gabinete de trabalho, sozinho e só; se ele não tinha secretário ou não haviam outros funcionários por perto que pelo menos se feriram na explosão; se o presidente abria pessoalmente as correspondências; e coisas tais.
Foi graças a estes jovens "confusos" que o mundo ficou a saber que o camarada Eduardo Mondlane não morreu no seu gabinete, morreu na casa de praia onde vivia a sua secretária. Há uns dois ou três anos, um combatente confessou numa imprensa da praça que no tal fatídico dia ele estava no gabinete a espera do presidente para irem à uma missão. Ou seja, já não há dúvidas que a estorieta do gabinete era ficção.
Foi também nesta mesma época de dois mil e picos que jovens historiadores irreverentes começaram a desmentir o Bê-I do partido FRELIMO. Um desses jovens afirmava categoricamente que o partido FRELIMO não era cinquentenário coisíssima nenhuma. O jovem historiador convenceu-nos que, afinal de contas, o partido havia herdado a idade da "Frente" onde nasceu, como um filho que anda com os documentos do pai para "djekar" festas de adultos.
Não sei porquê, mas, nessa altura de dois mil e poucos, havia muita irreverência juvenil e intelectual. Aliás, só para que conste, foi nesse tempo que se agudizou o debate sobre a autoria do primeiro tiro, que culminou com a quase-confissão do antigo dono desse mesmo tiro dizendo que também tinha reservas sobre a propriedade do mesmo. E foi assim que a famosa bala ficou órfã.
Foram bons tempos aqueles! Temos de agradecer a irreverência daqueles jovens advogados, sociólogos, jornalistas, antropólogos, economistas, médicos, historiadores e mais. Haviam bons e muitos tomates naquela altura. Hoje, nem por isso. Alguns tomates foram colhidos e vendidos em hasta pública.
Hoje em dia todos querem ser políticos ou viraram sentinelas de partidos políticos da posição, da oposição, da disposição, da imposição ou da sobreposição. Alguns desses jovens - outrora irreverentes - têm sido vistos embrulhados em mantos encarnados desta vida.
Hoje alguns desses jovens especializaram-se em insultos públicos de grande magnitude nas redes sociais. São a própria oposição da irreverência juvenil e intelectual emergente. Foram embrulhados. Foram embrulhados pela história recente deste pedaço de chão com alcunha de bijuteria e depositaram o seu encéfalo numa estante algures na Pereira do Lago até "sine die".
Hoje, num dia como 25 de Setembro, estamos a debater a burrice de uma cantora afrodescendente brasileira, enquanto aguardamos ansiosamente para que uma ex-donzela daqui da banda pendure a bandeira do seu país no rabo de novo. Hoje em dia as datas não passam disso mesmo - datas.
- Co'licença!
Parece que está na moda, ultimamente, invocar a memória de Afonso Dhlakama para justificar os fracassos e a desorganização dentro do partido RENAMO. As zangas de comadres na RENAMO terminam com desabafos que encontram no nome de Dhlakama um calmante.
O mais estranho é que as pessoas que hoje "desenterram" o general Afonso Dhlakama são figuras proeminentes do partido, até familiares, que muitas vezes tinham oportunidade de privar com ele ainda vivo. São pessoas que tiveram oportunidades soberbas de ouvir, na primeira pessoa e "in loco", os conselhos e a sabedoria do malogrado. São pessoas que hoje deviam estar a exibir muita inteligência herdada do general.
De certeza que Afonso Dhlakama terá dito em algum momento que, um dia, ele iria partir para o eterno repouso. E deve ter dito, com certeza, que depois que ele partir os seus familiares que militam na RENAMO serão vistos como simples membros e militantes como tantos outros que se encontram neste vasto Moçambique e fora. Certamente que terá dito que a RENAMO não era uma empresa familiar.
Quero eu acreditar que Afonso Dhlakama terá dito aos seus militantes mais próximos, e principalmente aos seus familiares, que a vida era um festival de hipocrisia. Que a vida estava cheia de falsos amigos. Que as pessoas só são leais quando ainda se respira.
Afonso Dhlakama era um exímio estratega militar. É certo que ele sabia que nem todos RENAMISTAS eram, de facto, leais à filosofia do partido. Ele sabia que, para uns, o que contava eram os dinheiros e as mordomias que recebiam do partido. Ele sabia - aliás, até dizia vivamente - que na RENAMO haviam gajos que o queriam acotovelar para abocanharem o partido com suas próprias filosofias.
Então, fico sem perceber as lamurias que tenho estado a ouvir hoje sobre pessoas que têm vergonha de pronunciar o nome de Afonso Dhlakama. Fico sem entender quando membros influentes da RENAMO dizem "se fosse com Dhlakama, isto não iria acontecer", "se Dhlakama estivesse vivo, não iriam fazer isso connosco", etecetera, etecetera, etecetera.
Afinal, essas pessoas não beberam nada de Dhlakama? Não era suposto estarem hoje a dizer "Dhlakama nos ensinou assim" ou "Dhlakama fazia as coisas assim"? Não era suposto o Nhongo ser gerido como Dhlakama o geria? Então, Dhlakama "dele" que dizem que era um grande líder não deixou ensinamentos? Foi-se com toda a sua sabedoria?
Se em plena campanha eleitoral já se chamam cobras e lagartos, imagina então, quando ganharem as eleições e terem que formar um governo? Não vão nascer outros Nhongos e Juntas?
Invocar hoje a memória de Afonso Dhlakama é pura cobardia. Deixem o general desfrutar do seu mais do que merecido descanso! Se a RENAMO desaparecer, não será por sua culpa. Ele já fez o que devia fazer. Se não passaram apontamentos dos seus ensinamentos, é por culpa vossa. Deixem o velhote curtir a sua eternidade na paz do Senhor! Deixem Dhlakama usufruir o que nunca lhe demos em vida: descanso! Lutem, se esganem, se piquem no olho, se furem os rins, mas não tomem o nome de Afonso Macacho Marceta Dhlakama nas vossas brigas. Não pronunciem em vão o seu nome. Não mencionem o líder nas vossas lamurias.
- Co'licença!
Agora já estou a ficar muito preocupado com a qualidade dos nossos gatunos. Parece que não sabem roubar quando estão a nos representar no estrangeiro. Pode ser impressão minha, mas parece que os gatunos que enviamos como diplomatas não sabem roubar em inglês.
Está provado que fora do país os nossos gatunos não roubam bem. Temos gatunos condenados por terem surrupiado oito milhões de meticais. Ahhhhh!!! Kê-kê-isso?! Mas você ir à Rússia para roubar oito paus mesmo!? Hummmmm!!! Precisa viajar para conseguir isso!? Precisa sentir tanto frio para ter isso na conta!? Aquela dos Estados Unidos só encaixou 440 mil euros e foi presa. Isso é quanto alguns concidadãos conseguiram só por serem amigos dos gatunos.
Excelências, estão-anús-envergonhar. Parem com isso! Malta Chang encaixaram milhões de dólares andando nestas avenidas e respirando o mesmo ar que nós. Malta Cetina também.
Organizem-se, Excelências! Ir ao estrangeiro para roubar meia-dúzia de milhões de Meticais num quinquénio é manchar o nome do país. Não é isso que ensinamos. Isso põe em causa a nossa imagem e podemos cair no "ranking". O país não pode investir e depositar a sua confiança em alguém que não tem competência para roubar moçambicanamente. Xê!!! Até o puto Nhangus, que nem é diplomata, nos representaria melhor no estrangeiro. Até uma secretária particular mostrou competência.
Definitivamente, para os nossos gatunos, no estrangeiro não é para roubar, é só para ser preso. Não está a ser fácil roubar em inglês. Um curso de inglês para diplomatas-gatunos é urgente. Deve-se ensinar como se faz "vai um" em inglês. Não basta saber "gudi-moning", "hau-are-yu" e "ai-emi-faini", tem que saber também "it-iz-goingui-uani-in-mai-poket" (para quem não sabia, é assim que se diz 'vai um' em inglês).
Urge purificar as fileiras. Não podemos continuar com gatunos burros na nossa diplomacia. Um embaixador que não sabe subtrair no idioma do país em que vive não val'apena. O embaixador é o nosso legítimo representante no estrangeiro e tem que zelar pelo bom nome do país. As suas acções são patrioticamente representativas. Um diplomata que se preze sabe roubar em inglês.
- Co'licença!