Como resposta ao debate que recentemente foi lançado um pouco por toda a Europa sobre o processo em curso de devolução de objectos de arte africana aos seus países de origem, a Oficina de História de Moçambique, em colaboração com CCFM, organiza o primeiro Seminário sobre Restituição do Património Cultural a Moçambique: história, realidade e utopia. A proposta é criar um fórum de reflexão que introduza e explore os significados ligados ao conceito e à política de restituição no contexto nacional. Para tal, durante um dia, três círculos de debate se irão suceder reunindo um conjunto de académicos, organizações intergovernamentais e não-governamentais, jornalistas, responsáveis de museus e a sociedade civil, assim como curadores e artistas, para avaliar esta questão à luz das suas práticas.
(24 de Maio, às 18 Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
Granmah é uma banda de fusão de dub / Reggae de Moçambique que começou em uma garagem em 2009. O som da banda é inspirado por diferentes artistas de várias eras e gêneros, resultando em uma nova abordagem para fazer música reggae, misturada com dub, ska, Alma, hip-Hop e outros gêneros, que define o seu som inimitável.
(De 24 à 26 de Maio, em Maputo)
Mark Exodus é a próxima geração a emergir da nova onda de indivíduos talentosos que criam histórias para a alma se abrigar. Um jovem artista de Moçambique “Young G from The City”, Mark Exodus criou o seu próprio estilo de música new age, que reúne um conjunto de géneros como R & B, Hip-Hop e Dance, só para citar alguns. Um toque educado para a composição, juntamente com uma voz explosiva, que ainda consegue capturar os corações de seus fãs, com histórias sobre o amor e os desafios que ele suportou em toda a sua vida.
Mark Exodus é membro ávido da família Same Blood Studios e já colaborou com vários artistas internacionais influentes na indústria da música. Esses artistas incluem Ricky Rick, Lay Lizzy, Da Les e Danny K. Nele, temos um homem que enfrentou algumas dificuldades e isso se reflecte na essência comovente de sua música. Nos estágios iniciais de sua vida, seus pais foram informados pelos médicos que ele sofreria de dificuldades em falar e respirar. E ainda nada disso poderia impedi-lo de alcançar as estrelas. Alguns podem dizer que sua carreira acabou de começar, mas ele tem um impressionante catálogo. Continuamente deixando seu público impressionado com sucessos como, “She don’t understand", “Come and see me" e “Mandown Freestyle".
(24 de Maio, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Trata-se da colectânea de poesia infanto-juvenil do escritor moçambicano Mauro Brito, intitulada: “O Luminoso Vôo das Palavras”, que terá a apresentação da escritora e pianista Melita Matsinhe. Juntam-se ao evento, a declamação de poesia e música acústica. Depois de dois anos atrás ter publicado “Passos de Magia ao Sol”, pela Escola Portuguesa de Moçambique e com ilustrações de Bárbara Marques, sai agora pela Kuvaninga um livro que para o autor é pretexto de conversa com o tempo, “no sentido de a palavra sempre ser renovada em função do que pretendemos transmitir e pode ser uma arma para vencer a ignorância, a insegurança e a solidão” refere. Descortinando o título do livro, Brito entende algo luminoso como algo construtivo, que desperta o sentido da palavra, enquanto algo bom e brilhante, “porque a palavra é algo que nos liga há muito desde a nossa existência, apresentada de várias formas” e a medida que vamos, através dela, crescendo descobrimos outras nuances da vida, da sobrevivência e do amor. É pelo poder da palavra – o poder decorativo, meditativo, poder de transmitir emoções e sentimentos e o poder de (poder) atravessar o tempo e o espaço que encontramos neste livro a pertinência deste título. No olhar de Dionísio Bahule, prefaciador da obra, Brito “não se isola dos problemas doutros homens. Fica atento, aprecia, sente e convida a todos a olharem pela Poesia os problemas que nos rodeiam”.
Sobre o autor: Mauro Brito nasceu nos anos noventa em Nampula. Fez teatro de rua, dança e tirou brevet, tornando-se piloto de aeronaves, como se a casa tivesse encontrado o seu inquilino. Também estudou contabilidade e auditoria, mas esse foi o ensejo traído pelo espírito digressivo que empresta aos livros infanto-juvenis que vai escrevendo. Publicou há dois anos o seu primeiro livro, "Passos de Magia ao Sol", ilustrado por Bárbara Marques e editado pela Escola Portuguesa de Moçambique. Colaborou com vários jornais e revistas, como Missanga, Debate, Blecaute, Cultura e Literatas. A sua paixão estende-se ao activismo ambiental, cerâmica e fotografia. Aventura-se neste segundo título: "O Luminoso Vôo das Palavras”.
(21 de Maio, às 16 Hrs no Centro Cultural Português)
Sobre o livro “O Coelho que Fugiu da História”, com texto do escritor Rogério Manjate e ilustrações de Ivone Ralha: O coelho é um personagem muito popular na tradição oral de Moçambique, simbolizando a esperteza e a astúcia. A menina Mbila, personagem principal desta história de Rogério Manjate, está fascinada pelas histórias do coelho que a mãe lhe conta de noite, à hora de dormir. Um dia, ao chegar da escola, ela depara-se com um coelho cinzento na varanda da sua casa e, para ela, este animal não pode deixar de ser “o tal” coelho malandro das histórias. Para a menina este acontecimento é uma oportunidade única para ela tirar a limpo as inúmeras travessuras do coelho, sem imaginar sequer que os adultos podem ter outras coisas em mente. Esta história foi editada pela primeira vez em Moçambique pela EPM-CELP, na Colecção Acácia, em 2008, como Mbila e o Coelho e em 2010 pela Editora Ática, no Brasil com este mesmo título que agora em 2019 volta a ser apresentado ao público de Moçambique.
Notas biográficas: Rogério P. Manjate é escritor e profissional do teatro (actor, encenador e docente). Durante a sua infância, as histórias do coelho eram as suas favoritas. Para criar esta narrativa, inspirou-se num episódio vivido por uma amiga, que perdeu um companheiro coelho quando tinha 8 anos. Publicou outros dois livros para crianças: Casa em Flor, (poesia – 2004), Wazi (conto – Ed. EPM-CELP, 2011). O Coelho que Fugiu da História foi originalmente editado pela EPM-CELP, na colecção Acácia, em 2009 com o nome Mbila e o Coelho e no Brasil em 2010, pela Editora Ática. Fora do âmbito da literatura para crianças e jovens, Rogério Manjate publicou Amor Silvestre (contos – Ed. Ndjira, 2002) e Cicatriz Encarnada (poesia – Ed. Cavalo do Mar, 2017). Na sua incursão pelo cinema realizou e escreveu a premiada curta de ficção I Love You (2007) e o documentário O Meu Marido Está a Negar (2007); colaborou na escrita da curta A Outra Fala (2012) e na escrita e co-realização do documentário Quitupo, Hoyê! (2015).
Ivone Ralha nasceu em Lisboa em 1958. Tirou o bacharelato em História, na Universidade Eduardo Mondlane, em 1981. Trabalhou no Arquivo Histórico de Moçambique e foi professora no Centro de Estudos Culturais em Maputo. De regresso a Portugal, enveredou pela área do design gráfico, integrando a equipa da Editorial Caminho. Participou na fundação do jornal Público e trabalhou no Diário de Notícias, na revista Cubo e no jornal i antes de assumir a direcção gráfica do site Rede Angola. Actualmente trabalha no suplemento Ípsilon do Jornal Público. Desenha e página livros, jornais, revistas faz infografias, ilustra e pinta (bonecadas.com).
Lucílio Manjate é escritor e docente de literatura na Universidade Eduardo Mondlane. É Autor de cerca de uma dezena de livros, entre prosa, infanto-juvenil e ensaios, com destaque para os livros Manifesto (Contos, 2006), Prémio Revelação TDM; O Jovem Caçador e a Velha Dentuça (Infanto-juvenil, 2016); Os Silêncios do Narrador (Novela, 2010), Prémio 10 de Novembro; A Legítima Dor da Dona Sebastião (Novela, 2013); A Triste História de Barcolino, o homem que não sabia morrer (Novela, 2018) e Rabhia (Romance, 2017), Prémio Literário Eduardo Costley-White 2016. É ainda autor do livro de ensaios Geração XXI – Notas sobre a nova geração de escritores moçambicanos.
(23 de Maio, às 18Hrs no Centro Cultural Português)
"Aparências. E viverás do teu suor” fala de forma abstracta de algumas situações como algumas pessoas são impostas a vestirem uma capa para serem inseridas num determinado lugar. A peça procura trazer a exposição do comportamento fisico e psíquico das aparências que os jovens têm recorrido na busca de uma realidade alheia em várias formas e/ou dimensões (música, dança e imagem), a postura usada na busca dessa ilusão reflecte-se nas roupas, nas falas e nos seus gestos.
(23 de Maio, às 18 Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)