Sobre o livro “O Coelho que Fugiu da História”, com texto do escritor Rogério Manjate e ilustrações de Ivone Ralha: O coelho é um personagem muito popular na tradição oral de Moçambique, simbolizando a esperteza e a astúcia. A menina Mbila, personagem principal desta história de Rogério Manjate, está fascinada pelas histórias do coelho que a mãe lhe conta de noite, à hora de dormir. Um dia, ao chegar da escola, ela depara-se com um coelho cinzento na varanda da sua casa e, para ela, este animal não pode deixar de ser “o tal” coelho malandro das histórias. Para a menina este acontecimento é uma oportunidade única para ela tirar a limpo as inúmeras travessuras do coelho, sem imaginar sequer que os adultos podem ter outras coisas em mente. Esta história foi editada pela primeira vez em Moçambique pela EPM-CELP, na Colecção Acácia, em 2008, como Mbila e o Coelho e em 2010 pela Editora Ática, no Brasil com este mesmo título que agora em 2019 volta a ser apresentado ao público de Moçambique.
Notas biográficas: Rogério P. Manjate é escritor e profissional do teatro (actor, encenador e docente). Durante a sua infância, as histórias do coelho eram as suas favoritas. Para criar esta narrativa, inspirou-se num episódio vivido por uma amiga, que perdeu um companheiro coelho quando tinha 8 anos. Publicou outros dois livros para crianças: Casa em Flor, (poesia – 2004), Wazi (conto – Ed. EPM-CELP, 2011). O Coelho que Fugiu da História foi originalmente editado pela EPM-CELP, na colecção Acácia, em 2009 com o nome Mbila e o Coelho e no Brasil em 2010, pela Editora Ática. Fora do âmbito da literatura para crianças e jovens, Rogério Manjate publicou Amor Silvestre (contos – Ed. Ndjira, 2002) e Cicatriz Encarnada (poesia – Ed. Cavalo do Mar, 2017). Na sua incursão pelo cinema realizou e escreveu a premiada curta de ficção I Love You (2007) e o documentário O Meu Marido Está a Negar (2007); colaborou na escrita da curta A Outra Fala (2012) e na escrita e co-realização do documentário Quitupo, Hoyê! (2015).
Ivone Ralha nasceu em Lisboa em 1958. Tirou o bacharelato em História, na Universidade Eduardo Mondlane, em 1981. Trabalhou no Arquivo Histórico de Moçambique e foi professora no Centro de Estudos Culturais em Maputo. De regresso a Portugal, enveredou pela área do design gráfico, integrando a equipa da Editorial Caminho. Participou na fundação do jornal Público e trabalhou no Diário de Notícias, na revista Cubo e no jornal i antes de assumir a direcção gráfica do site Rede Angola. Actualmente trabalha no suplemento Ípsilon do Jornal Público. Desenha e página livros, jornais, revistas faz infografias, ilustra e pinta (bonecadas.com).
Lucílio Manjate é escritor e docente de literatura na Universidade Eduardo Mondlane. É Autor de cerca de uma dezena de livros, entre prosa, infanto-juvenil e ensaios, com destaque para os livros Manifesto (Contos, 2006), Prémio Revelação TDM; O Jovem Caçador e a Velha Dentuça (Infanto-juvenil, 2016); Os Silêncios do Narrador (Novela, 2010), Prémio 10 de Novembro; A Legítima Dor da Dona Sebastião (Novela, 2013); A Triste História de Barcolino, o homem que não sabia morrer (Novela, 2018) e Rabhia (Romance, 2017), Prémio Literário Eduardo Costley-White 2016. É ainda autor do livro de ensaios Geração XXI – Notas sobre a nova geração de escritores moçambicanos.
(23 de Maio, às 18Hrs no Centro Cultural Português)