Dorotéia é uma peça que retrata a história de uma senhora que se desviou dos padrões familiares fugindo com um sul-africano. Perdeu-se e passou a se envolver com vários homens tendo como preferência homens mais velhos, tempo depois de perder o seu filho, Dorotéia jurou que havia de ser uma senhora de bom conceito, refugiando-se então no abrigo das primas (D. Flávia, Maura e Carmelita) viúvas, que viviam numa casa só de salas, pois acreditavam que é no quarto onde a carne e a alma se perdem. Elas olhavam para o sexo como pecado, feiura como espantalho do demónio, a beleza como maldição e a doença como purificação da alma.
(26 de Setembro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Maria Giulia Pinheiro coleciona as palavras mais bonitas do público e cria poemas ao vivo por toda a comunidade lusófona. A Poeta homenageia o pai, que perdeu a fala um ano antes de morrer, compondo poesias com as palavras que ele não pôde dizer. Após exatamente um ano da morte de seu pai, Maria Giulia Pinheiro sobe ao palco para brindar sua vida em performance inédita em Moçambique. Misturando narrações e ação, a poeta recolhe as palavras mais bonitas das pessoas presentes na plateia e cria poesias a partir delas. O show-lírico conta ainda com uma série de poemas já escritos, com palavras enviadas por Facebook e neste momento circula pela comunidade lusófona. “Meu pai perdeu a fala mais ou menos um ano antes de morrer. Sou poeta e perder a palavra como capacidade de expressão e comunicação justamente no momento de sua partida foi uma dor muito grande. Não poder ouvir o que ele estava pensando naquele momento”, conta a poeta. “Como tudo o que sei fazer é criar, quero que esta seja nossa forma de comunicação agora. Não sei qual foi a última palavra que meu pai disse. Por isso, vou louvar a todas”, diz Maria Giulia.
(26 de Setembro, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
A Boca é uma obra de artes cénicas (teatro), onde a representação, o canto e a dança, assim como a percussão corporal, o equilíbrio acrobático e a poesia num estilo contemporâneo moçambicano retractam a vida de Jotamo, um jovem de 25 anos, recém-licenciado pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), para o curso de medicina. Ele perde seu pai (Fred) vítima de assassinato, na sua festa de graduação. O desejo de vingança, paixão e admiração pela actividade praticada pelo pai em vida (jornalismo) fazem com que Jotamo abandone a medicina, e trabalhe no mesmo posto que o pai, como meio para investigar o assassinato do seu progenitor. Quem matou o jornalista Fred? Por que o mataram?
(24 de Setembro, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Escrever é uma arte que carece de treino frequente da sua técnica. Sabemos que na escrita nem tudo é um mar de rosas. Durante o processo, o escritor não está imune à crise, à angústia de compor a memória imaginada, a emoção de cada personagem, aliada ao discurso, à composição do espaço ficcionado, do tempo. Muitas vezes o escritor precisa de conversar com alguém que desperte em si o insondável e aguce a imaginação. Neste evento, a Psicóloga Dália Matsinhe sairá do consultório para conversar com novos actores e vai partilhar a sua experiência de leitura e avaliação de um dos personagens da obra Crime e Castigo do escritor russo Fedor Dostoiesvski (1821-1881) como quem aponta linhas pelas quais se coseu e se estruturou umas das narrativas mais fascinantes, debruçando-se sobre o processo de escrita de um autor «cujas profundezas explora e revela com singular acuidade, denotando em toda sua obra uma inspiração estranhamente religiosa em que o pecado se reveste da maior importância e é genialmente manuseado na trama dos contrastes psicológicos das suas personagens».
(24 de Setembro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Este documentário é um drama ecológico que mergulha fundo no mundo dos oceanos. Revela diversos mistérios escondidos nas águas, hábitos de vida das criaturas marinhas e os perigos que as cercam. O documentário traz-nos detalhes de um mundo desconhecido, exibidos de uma forma única na história. Duração: 104 minutos, Idioma: Francês com legenda em Português.
(23 de Setembro, às 19Hrs no Centro Cultural Fraco-Moçambicano)
Moçambique tem uma Biodiversidade Marinha incredível que constitui uma riqueza pelo desenvolvimento económico e turístico, mas também um desafio. A projecção do documentário “Mother Ocean”, no âmbito da colaboração da "Associação Bitonga Divers" tem por objectivo consciencizar a comunidade local sobre a importância da protecção do Meio Ambiente Marinho. O documentário será seguido de uma Mesa-Redonda, com a presença de quatro especialistas de universidades, instituições nacionais, empresas e ONG´s, que contribuirão para o debate e identificarão as acções necessárias para a preservação dos nossos Oceanos!
(21 de Setembro, às 14Hrs no Centro Cultural Franco-Moçambicano)