Com mais de 20 anos de carreira, actuando como guitarrista ao lado de artistas de várias nacionalidades, o brasileiro Luis Reys decidiu que era o momento de lançar um trabalho solo. “The Enjoyner”, neologismo que fala sobre o sentimento de curtir a vida (enjoy) através de uma jornada de conhecimento (journey), dá nome ao álbum instrumental de seis faixas, que apresenta as principais referências musicais do artista, definidas em sua longa história com a música: o jazz experimental, a música brasileira e o rock setentista marcam presença. O disco foi lançado em agosto em todas as plataformas digitais.
(07 de Março, às 18:30 Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
O corpo foi descoberto na Rua da Candonga pelos madrugadores do bairro, os saqueadores de futuros, gente que se empoleira nas carruagens dos comboios e, contra os balázios de milicianos vigilantes, de pé, sobre a mercadoria, aposta em morrer só depois de descer às mulheres, camufladas na moita rente aos carris, o sal para temperar o carapau, o açúcar para adocicar o refrigerante maheu e a mbaula, o carvão mineral das terras de Moatize para saciar a fome dos cabralenses e iluminar o futuro em pequenas tábuas que Ti Castigo, um velho e triste carpinteiro do bairro, oferece às crianças depois de as obrigar a irem à escola, as madeiras no regaço, e acertarem, de punho em riste, a matemática dos sonhos antigos dos avós.
(05 de Março, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Pareceu-me oportuno iniciar esta reflexão acerca de um dos fenômenos, a meu ver, mais gritantes e interessantes do século XXI, com esta irônica mas triste reza para “conexão”. Comecei a imaginar o que alguém que valoriza mais o celular e mostrar o seu Eu /ideal ou utópico de forma compulsiva poderia desejar ou pensar num momento de desespero, se corresse o risco de não ter o celular em sua posse. É interessante analisar como o celular transformou-se no “Deus” omnipotente que determina o nosso tempo, os nossos humores e a nossa autoestima. Não temos auto-controle, deixamos o nosso tempo escapar como o vento e não damos prioridade para aquilo que realmente conta. Sem o grandioso celular ficamos estressados, deprimidos, atrapalhados, mais vazios do que já estamos.
(05 de Março, às 10Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
O jovem Massunganhane procura, através das suas esculturas de formas bizarras, alojar uma série de práticas e percepções, seguindo um rumo onde coexistem fenómenos e processos no espaço e no tempo. Explora o tema do corpo humano e relaciona-se com a sociedade através de um mundo utópico de figuras modificadas que os nossos olhos vão percorrendo e filosofando a cada uma delas, à medida que avançamos através da exposição.
(04 de Março, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
A lua cumprimenta a terra todos dias, das suas diferentes formas bonitas e elegantes. Lua cheia, Lua nova, quarto minguante e existem mais. A lua não luta com nenhuma estrela, mas faz de algumas noites, menos escuras que o costume, ela já é estrela, claro que não é mais brilhante que o Sol, essa poderosa, que todas estrelas almejam alcançar, mas tem o seu encanto principalmente naquelas noites que apetece cantar e dançar, não importa onde nem quando.
(28 de Fevereiro, às 19Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
O espetáculo é uma mistura de música popular brasileira com um pouco de afro beat e Marrabenta é um Afro fusion. Ivo Maia é um músico e compositor moçambicano, baseado nos últimos 16 anos no Brasil e na África do Sul. Ele se apresenta em turnês como vocalista em seu projeto solo. Este projeto que mistura Reggae, Marrabenta e Música Popular Brasileira é descrito como JaMozBraz (Jamaica / Moçambique / Brasil).
(27 de Fevereiro, às 18:30Min no Centro Cultural Brasil-Moçambique)