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Já conhecem o elefante ? Madala, que está instalado no Jardim do Franco-Moçambicano?

 

Venham ouvir Paula Ferro, bióloga e co-criadora de Madala, contar a emocionante história deste elefante em tamanho real feito de materiais reciclados de caça furtiva e coberto com uma bela pele tricotada em lã, que simboliza a luta contra a caça furtiva e a importância da conservação da vida selvagem. Após a história, haverá uma divertida actividade de pintura para as crianças.

 

(13 de Julho, às 10h30min no Centro Cultural Franco – Moçambicano)

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Conheci o Adelson Chissano em 2019, um jovem de 26 anos que nasceu em Maputo, fazendo parte de uma empresa que prestava serviços de limpeza à Bolsa de Valores de Moçambique (BVM). Ele é órfão de pai desde os 11 anos e, desde então, foi criado por sua mãe, a Sra. Delfina Mugabe, uma pequena agricultora produtora de bata-doce, cenoura, feijão-verde, pimento, milho e amendoim, inicialmente no Bairro de Albasini, no Município de Maputo, e nos últimos anos em Bobole e Manhiça, na província de Maputo. Adelson tem mulher e dois filhos, está a frequentar a 11ª classe e alimenta o sonho de um dia ser um engenheiro informático.

 

Tomei a decisão de escrever esta peça hoje (NE: ontem, neste caso), dia 11 de Julho de 2024, porque o Adelson veio despedir-se de mim, dizendo que partia com o coração triste, pelo tempo que passou a trabalhar na BVM, mas que “tinha de ir tomar conta, pessoalmente, dos seus negócios”. A pouco mais de um mês, ele me falou da ideia de focar-se nas suas micro-empresas, e assim poder melhor gerir o que é seu, incluindo as possibilidades futuras de ampliar, diversificar e aprofundar os seus negócios. 

 

O meu amigo Adelson tem actualmente três fontes de renda, nomeadamente um pequeno negócio de venda de electrodomésticos diversos, um local de venda de comida e uma casa arrendada, tendo planos de no futuro ampliar o negócio na área imobiliária e abrir uma empresa de limpeza. Actualmente já emprega 4 trabalhadores, e a medida que os negócios crescerem, tem intenção de contratar mais trabalhadores.

 

Devo reconhecer que, em parte, fiquei triste porque Adelson é uma pessoa muito importante para mim, fazendo parte de um grupo restrito de que dependo todos os dias para ter um bom clima de trabalho, mas igualmente porque o seu semblante alegre, o ambiente de empatia que gerava e a sua predisposição para apoiar foi sempre seu apanágio. Mas também fiquei feliz porque acredito que o Adelson ganhou maturidade, reflectiu e pensou muito, ficou com muitas dúvidas, lutou contra os seus próprios medos, escutou vozes a apelidarem-no de irresponsável ou maluco, mas não desistiu do seu propósito. Manteve-se firme na sua decisão de avançar, e mostrou-se preparado para as suas consequências.

 

A forte convicção do meu amigo

 

Na longa conversa que tivemos hoje, percebi que nada nem ninguém poderá demover Adelson da sua decisão de embarcar na viagem do empreendedorismo, por ter a força mental de entender que pode criar algo com esforço próprio, ganhar dinheiro para melhorar a sua condições de vida, e a dos seus, e ainda gerar emprego e renda para outros moçambicanos. Ele tem consciência que terá de trabalhar muito, enfrentará obstáculos, terá de se reinventar, adaptar-se, ter quedas, aprender a aprender, perceber as demandas dos clientes, mas não terá como recuar, pois não existe um Plano B. Os seus negócios tem de dar certo pois já não existe o salário mensal a funcionar como almofada.

 

Fiz algumas perguntas directas ao Adelson, como as que a seguir se apresentam. Mas afinal o que te moveu a largar um emprego aparentemente seguro e ser atraído pelo vírus do empreendedorismo? Porque sair da sua “zona de conforto” e abraçar actividades económicas privadas, quando muitos concidadãos reclamam pelo ambiente de negócios constrangedor? Não tens medo de cair na empreitada complexa que abraçaste, e carregar o duplo peso do insucesso nos negócios e dos críticos maliciosos que vão-se rir por teres tentado ser um homem rico? 

 

De forma resoluta e sem pestanejar, Adelson me respondeu:

 

“(i) acredito que posso fazer algo diferente do que já fiz, que vai exigir mais esforço e criatividade, para ganhar mais dinheiro para mim e a minha família; (ii) acho que devo crescer mais, trabalhando para mim, e tirar proveito do meu potencial humano e do que muito que aprendi nestes últimos anos; (iii) sinto que posso ser mais ousado, e posso estabelecer projectos que podem começar pequenos mas vão crescer, e possam beneficiar a sociedade, os clientes e os trabalhadores que eu empregar; (iv) quero fazer algo para permitir que a minha mãe, que muito se sacrificou para nos fazer crescer e educar, possa se reformar e não ter necessidade de acordar muito cedo para ir à machamba, e; (v) vou lutar para trazer mais bem-estar para a minha família e para que os meus filhos possam ter mais oportunidades em relação as que eu tive.”   

 

O meu jovem amigo frisou que não tinha receio de tropeçar, uma e outra vez, pois isso faz parte do jogo, e que o mais importante é não desistir, aprender com as lições e adoptar a estratégia de melhoria contínua. Referiu que para ter os seus negócios a correr nunca teve nenhum crédito, tendo optado por poupar e investir, começando pequeno e ir crescendo à medida que vai conhecendo e dominando cada negócio concreto.

 

Adelson mostrou interesse pela necessidade de formalização dos seus negócios, de garantir a saúde e higiene no trabalho e de adoptar a abordagem ambiental, social e de governação nas empresas. Tem estado a estudar muito sobre como melhorar a gestão das empresas, o assunto das finanças e contabilidade, a questão dos recursos humanos, o tópico do marketing, os mecanismos para conhecer as preferências dos clientes e consumidores, a relação com os fornecedores e o imperativo de respeitar a lei e a regulamentação atinente aos negócios que desenvolve.

 

O jovem empreendedor sublinhou que aprendeu muito no período em que esteve a prestar serviços na BVM, tendo destacado os seguintes pontos de aprendizagem: (a) a importância do empreendedorismo para o desenvolvimento económico, e que é importante cada pessoa empreender; (b) através de um negócio, é possível ganhar dinheiro e ter orgulho de ter algo seu que resulte da sua dedicação e empenho; (c) aprendeu a poupar e a investir em pequenos negócios, tendo até comprado algumas acções da HCB; (d) ter o foco no trabalho, evitar estar todo o tempo a reclamar e a queixar-se, procurando fazer algo para desenvolver a sua vida como, por exemplo, estudar e fazer negócios; (e) nada poderemos fazer de diferente se não apostarmos na mudança, e se não estivermos dispostos a sacrificar algo para a sua materialização.

 

Adelson Chissano mostrou que está disposto a assumir riscos, mesmo num ambiente que muitos entendem ser desfavorável. Ele mostrou predisposição para “pôr a mão na massa”, criar a sua empresa, gerar novos postos de trabalho e melhorar a sua qualidade de vida com o seu trabalho e esforço. Ele mostrou ter faro para o negócio, que preocupa-se com a excelência e auto-superação, e assume que procura recompensas porque toma iniciativas e assume riscos.

 

A lição que aprendi

 

Eu aprendi muito nesta tarde ao conversar com o meu jovem amigo Adelson! Fiquei contagiado com a sua atitude firme, com a sua ousadia, a sua forma simples e simultaneamente peculiar de encarar o seu futuro nos negócios.

 

Perguntei aos meus botões” quantos Adelsons temos pelo nosso Moçambique adentro? Quantos micro-empresários temos, como o Adelson, a ousar, inovar e gerar valor no nosso país? Quantos concidadãos temos que acordam cedo e vão à labuta, sem passarem o tempo a criticar o Governo e as suas políticas?

 

Este artigo é para todos os homens e mulheres anónimos, os muitos Adelsons que não querem pactuar com a inércia e a mediocridade, e que muito lutam para manter erguido o nosso Moçambique. Eu “tiro o meu chapéu” ao Adelson Chissano e todos os Adelsons que estão espalhados pelo país, que nos ensinam que as dificuldades e o desejo de crescer removem o primeiro obstáculo, que é o mental e de atitude.

 

Ainda no seu emprego, Adelson apercebeu-se dos problemas existentes e transformou-os em oportunidades de negócio. Onde outros só enxergam constrangimentos e bloqueios, o jovem sem o ensino médio concluído concebeu e implementou projectos económicos que hoje exigem a sua presença directa e permanente.

 

A visão, a crença, a coragem e a determinação fizeram mover o Adelson. Percebi que ele não tem tudo idealizado e concebido, mas tem o essencial para avançar nesta etapa, e vai poder ajustar as velas durante a navegação. Não tem todas as respostas para o que possa acontecer no futuro, mas está disposto a aprender durante a viagem.

 

Adelson não recebeu nenhum crédito, nem teve capacitação para ser eleito micro-empresário! Ele prometeu um dia, quando as circunstâncias o permitirem, vir ao Mercado de Capitais e a Bolsa de Valores financiar-se.

 

É pela atitude e garra de moçambicanos como o jovem Adelson Chissano que acredito no futuro do meu país! E tenho esperança que essa nova geração de jovens vai contribuir para mudar a narrativa de desenvolvimento em Moçambique, onde em vez de se falar muito da pobreza, desigualdades e desemprego, vamos ver um Povo altivo a caminhar seguramente pela história, porque confiante na sua visão e nas suas capacidades e potencialidades.

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O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique defendeu hoje que o país precisa de rever o regime de incentivos fiscais porque tiram receitas ao Estado e reduzem a capacidade de investimento público.

 

“A [possibilidade de] eliminação de isenções fiscais tem de ser explorada, é um caminho” que pode ser ponderado, afirmou Alexis Meyer Circle.

 

Circle falava numa palestra dedicada ao “Reflexões sobre o desenvolvimento socioeconómico de Moçambique”, na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga de Moçambique.

 

Os estímulos fiscais, prosseguiu, retiram receitas que o Estado devia arrecadar da atividade económica e empresarial, reduzindo a sua capacidade de investimento público em infraestruturais essenciais como na saúde e educação.

 

No caso de Moçambique, falta clareza sobre o critério de atribuição de incentivos a investimentos em várias áreas, gerando-se uma opacidade sobre a utilidade desses estímulos, acrescentou o representante do FMI em Moçambique.

 

“Não está clara qual é a estratégia por detrás da concessão de incentivos fiscais numas e noutras áreas, não há um documento claro sobre a orientação que é seguida”, disse Alexis Meyer Circle.

 

O responsável acrescentou que há estudos que mostram que os incentivos fiscais não são um fator decisivo para os investidores, apontando a estabilidade política e económica e a existência de instituições fortes, nomeadamente os tribunais, e infraestruturas como pilares importantes para a atividade económica.

 

“Os benefícios fiscais têm uma classificação baixa” como variável importante para os investidores, realçou.

 

O representante do FMI em Maputo alertou para o risco de os incentivos concedidos a vários investimentos resultarem numa sobrecarga tributária para outras atividades, criando uma situação de injustiça fiscal.

 

Defendeu ainda o fim da alocação “excessiva” do Orçamento do Estado para as despesas correntes, visando a libertação de recursos para áreas de investimento.

 

“Este balanço do orçamento voltado muito excessivamente para gastos correntes (….) impõe uma correção que precisa de acontecer ao longo dos próximos anos”, referiu.

 

Apontou ainda a necessidade de modernização da máquina fiscal, através da digitalização, visando tornar a arrecadação de receitas mais eficiente.

 

Organizações da sociedade civil moçambicana têm criticado recorrentemente isenções fiscais atribuídas a multinacionais, principalmente do setor de extração de recursos naturais.(Lusa)

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A Electricidade de Moçambique, E.P, (EDM) registou, em 2023, pelo terceiro ano consecutivo, resultados líquidos positivos na ordem de 4.820 Mil Milhões de Meticais. 

 

Este desempenho foi aprovado em sede da Assembleia Geral Ordinária da EDM, realizada recentemente, a qual apreciou, igualmente, o incremento do Volume de Negócios da Empresa em 14%, passando de 46,830 Mil Milhões de Meticais (MMZN), registado em 2022, para os actuais 53,170MMZN, de 2023.

 

No mesmo período, o nível de Perdas Totais de Energia, decorrentes, sobretudo, do roubo de energia, reduziu em dois (2) pontos percentuais, saindo de 28%, em 2022, para 26%, em 2023. Esta redução, a mais acentuada nos últimos quatro anos, teve um peso significativo no aumento da receita da Empresa e responde ao desafio, estabelecido pelo Governo, de melhoria contínua de excelência operacional.

 

Por seu turno, os projectos de Expansão da Rede Eléctrica Nacional (REN) e Massificação de Novas Ligações garantiram que mais 395,732 novos consumidores passassem a beneficiar de energia eléctrica pela primeira vez, incluindo as comunidades de onze (11) Sedes de Postos Administrativos. Com efeito, o número de clientes da EDM passou de 2,936,751, em 2022, para 3,208,749, em 2023, representando um crescimento de 9%.

 

Estes avanços contribuiram para o aumento, em três (3) pontos percentuais, da Taxa de Acesso Doméstico da População à energia eléctrica, dentro da rede, que passou de 43%, em 2022, para 46%, em 2023.

 

“Os resultados alcançados no ano passado, demonstram que, à medida que trabalhamos para atingir os nossos objectivos, aperfeiçoamos o nosso modelo operactivo, num contexto volátil e incerto, condicionado pelos indicadores macro-económicos e mudanças climáticas que, ciclicamente, comprometem todos os nossos esforços e investimentos. 

 

Contudo, o talento das nossas equipas é ainda maior. Não parámos de electrificar, porque conhecemos a força e o potencial da energia para transformar e modernizar Moçambique”, sublinhou, o Presidente do Conselho de Administração da EDM, Eng°, Marcelino Gildo Alberto.

 

Apesar dos resultados satisfatórios, a EDM continua a registar prejuízos decorrentes da vandalização de Infra- estruturas eléctricas e roubo de energia que, em 2023, cifrou-se em 5.852 MMNZ. “Estes actos atrasam o cumprimento das nossas metas, especialmente o de acesso universal à energia, até 2030. Por isso, reiteramos o apelo à vigilância comunitária e denúncia destas práticas ilícitas. Do lado da EDM, continuaremos implacáveis perante o envolvimento de trabalhadores nestes actos ou de qualquer outra forma de corrupção, cujo tratamento, em relação aos seus autores, observará a máxima de Tolerância Zero”, assegurou o Eng° Marcelino Gildo Alberto.

 

Durante a Reunião, o Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), representante do accionista, apreciou positivamente o desempenho da Electricidade de Moçambique, considerando a Empresa um exemplo de gestão, ao nível do Sector Empresarial de Estado.(Carta)

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O Município da cidade de Maputo necessita de 44 milhões de Mts mensais para pagar as empresas responsáveis pela recolha de lixo. Deste valor, a edilidade recebe apenas 14 milhões, referente ao pagamento da taxa de lixo cobrada pela Electricidade de Moçambique (EDM).

 

Dos 44 milhões que a edilidade devia ter mensalmente para suprir com as necessidades de recolha de lixo, regista um défice de 30 milhões. Esta é uma das razões que agravou a dívida acumulada para 360.400 Mil Mts com as empresas que recolhem os resíduos sólidos.

 

Segundo o Vereador de Infra-estruturas e Salubridade, João Munguambe, a dívida com os prestadores de serviço de recolha de lixo fez com que quatro empresas suspendessem as suas actividades, ficando apenas a EcO Life que presta serviço no distrito Ka Mfumo.

 

Falando à imprensa, nesta quarta-feira (10), a fonte explicou que tem estado a trabalhar com a EDM como forma de cobrar as facturas acumuladas e com outros provedores de serviços de modo a encontrar soluções para o pagamento das dívidas.

 

“Neste momento, estamos a recorrer a outras receitas para tentar cobrir o défice que o CMCM tem, mas também estamos a fazer uma reflexão sobre como podemos mobilizar recursos extras para cobrirmos as dívidas e permitir que a recolha do lixo possa continuar a fluir normalmente”, frisou.

 

Lembre-se que neste momento vários bairros de diferentes distritos urbanos, com excepção de Ka Mfumo, vivem um drama sem precedentes por conta da deficiente recolha do lixo. O lixo chega a ficar quase um mês a transbordar nos contentores e para os casos em que é recolhido, o trabalho é feito com meios próprios da Direcção Municipal de Salubridade. (M.A)

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O Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, ordenou a suspensão das multas aplicadas às igrejas por poluição sonora, para dar lugar a acções de sensibilização para acabar com o fenómeno.

 

A decisão foi anunciada esta quinta-feira (11), durante o encontro entre o Edil e as congregações religiosas, com objectivo de buscar melhores soluções para o problema da poluição sonora.

 

“Para nós, é necessário que a edilidade de Maputo olhe primeiro para a poluição sonora levada a cabo nas barracas, que vezes sem conta provocam barulho até amanhecer”, defenderam alguns representantes das congregações religiosas.

 

“As barracas fazem muito barulho, os clientes fecham as ruas com seus veículos, então isso também se deve tomar em conta. Nós como igrejas poluímos sim, e as pessoas precisam descansar, então vamos estabelecer horários”, referem.

 

Outros intervenientes consideram que a melhor solução não é aplicar multas, mas sim estabelecer horários de início e término de cultos nas igrejas, visto que algumas têm excedido. Para Manhique, neste momento, a melhor solução é a suspensão das multas para que haja uma melhor comunicação com os representantes das congregações religiosas.

 

“O nosso maior objectivo por agora é corrigir os erros cometidos por algumas igrejas, e não recorrer a multas porque elas até podem pagar, mas o problema vai prevalecer. Então, vamos cancelar todas as multas passadas contra as igrejas”.

 

Ainda esta semana, Rasaque Manhique mandou suspender também as multas em prol da regularização dos “chapas” em Maputo, por um período de 15 dias, para dar espaço à sensibilização dos operadores sobre as melhores práticas. (M.A)

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Um corpo sem vida, de um indivíduo do sexo masculino, foi localizado na passada terça-feira (09) por pescadores que frequentam o Centro de Pesca de Lukaledi, na localidade de Miangalewa, distrito de Muidumbe, em Cabo Delgado.

 

Fontes disseram à "Carta" que se presume que a vítima, comerciante informal, tenha sido morta por um grupo de terroristas que circulou naquela zona, vindo de Litamanda-Velha, no vizinho posto administrativo de Chai, distrito de Macomia.

 

"Achamos que são malfeitores que mataram a pessoa, porque lá costumam ir pescadores e comerciantes para comprar peixe makambale", contou uma das fontes a partir da aldeia Miangalewa.

 

Outro residente da mesma aldeia referiu que a vítima era natural da vila de Mueda e esteve na zona de Lukaledi para comprar peixe a fim de ir revender na sua zona de origem. Na semana passada, de acordo com residentes de Miangalewa, foram ouvidos vários tiros na região do Primeiro de Maio, supondo tratar-se de confrontos entre terroristas e FDS. (Carta)

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O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) abortou, na terça-feira (09), mais um negócio ilícito na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado. Trata-se da venda de duas pontas de marfim correspondentes a 29 quilogramas.

 

A Porta-Voz do SERNIC na província de Cabo Delgado, Noémia João, explicou a jornalistas, esta quarta-feira (10), que as duas pontas de elefante, de 14 e 15 Kg respectivamente, estavam à venda no valor de 88 mil meticais, a razão de três mil por cada quilograma, no bairro Ingonane.

 

A fonte acrescentou, sem apontar onde foi abatido o elefante do qual foram extraídas as pontas, que chegaram à cidade de Pemba vindas do distrito de Palma. Assegurou que um processo-crime no qual são acusados dois indivíduos já foi remetido ao Ministério Público.

 

Um dos indiciados confirmou à imprensa que foi ele próprio quem transportou as duas pontas de marfim, do distrito de Palma à cidade de Pemba, para comercialização. (Carta)

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Mais de 125 mil pessoas necessitam de assistência alimentar urgente no distrito de Caia, província de Sofala, centro de Moçambique, devido à devastação de culturas agrícolas provocada pela seca causada pelo fenómeno 'El Niño', disseram hoje as autoridades locais.

 

“A situação é preocupante para as nossas comunidades, estima-se que mais de 125 mil pessoas estão a precisar de ajuda urgente em alimentos, a situação resulta da seca causada pelo fenómeno 'El Niño'” disse Nobre dos Santos, administrador de Caia, em declarações aos jornalistas.

 

Santos avançou que a seca destruiu milhares de hectares de culturas de milho, arroz, feijões e gergelim, comprometendo a atual campanha agrícola.

 

“Das cerca de 800 mil toneladas de produtos diversos, que o distrito esperava produzir, apena obteve pouco mais de duzentas mil”, frisou.

 

O administrador de Caia apelou aos camponeses para apostarem no cultivo em zonas baixas, onde a água não secou toda, e evitar vender toda a produção agrícola, para não enfrentarem fome.

 

O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) de Moçambique disse recentemente que o 'El Niño' poderá agravar a falta de chuva que já se verifica no país.

 

No final de setembro passado, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou para a preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno 'El Niño' no país nos meses seguintes, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.

 

Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.

 

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.(Lusa)

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Continua instalado o suspense sobre a admissão ou não da candidatura da CAD (Coligação Aliança Democrática), o único concorrente que ainda não viu suas listas publicadas pela CNE (Comissão Nacional de Eleições), apesar de ter submetido os processos dentro dos prazos estabelecidos.

 

Em conversa com “Carta”, Elvino Dias, mandatário da CAD, mostrou-se, mais uma vez, confiante na admissão da candidatura daquela coligação, reiterando não haver quaisquer irregularidades que possam deitar abaixo o sonho da coligação em fazer parte da próxima legislatura.

 

“Estamos esperançados que o bom censo irá prevalecer, porque não existem motivos para que se rejeite a nossa candidatura”, afirmou Dias, momentos antes de a CNE anunciar a prorrogação do prazo para deliberar sobre as candidaturas que deverão concorrer para as VII Eleições Gerais e Provinciais, que decorrem a 09 de Outubro próximo.

 

Um mês depois do encerramento do processo de entrega das candidaturas ao Parlamento e às Assembleias Provinciais, a CAD continua a ser, entre os que cumpriram com os prazos (de 13 de Maio a 10 de Junho), o único concorrente que não tem as listas publicadas pela CNE.

 

Ontem, o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, reiterou que o órgão gestor do processo eleitoral no país ainda está a trabalhar em todas as candidaturas, incluindo da CAD, e que no devido momento irá dar resposta às perguntas dos jornalistas.

 

Lembre-se que a CAD acusa a CNE de querer boicotar a sua candidatura pelo facto de estar a suportar a candidatura de Venâncio Mondlane à Presidência da República, um dos mais recentes dissidentes da Renamo.

 

A coligação defende que o órgão liderado pelo Bispo Carlos Matsinhe continua a exigir processos de actos já vencidos e que não encontram qualquer amparo legal e acusa os vogais eleitos pela Renamo de ser os principais carrascos da sua candidatura.

 

Refira-se que a CNE anunciou ontem que não conseguiu concluir o trabalho de verificação das candidaturas dentro do prazo estabelecido por lei, pelo que só deverá anunciar as candidaturas admitidas na próxima quarta-feira, 17 de Julho. (Carta)

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