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O Ministro do Interior, Paulo Chachine, afirmou que não existem esquadrões de morte em Moçambique. Chachine esclareceu ainda que as alegações divulgadas por alguns órgãos de comunicação social e organizações não correspondem à verdade. O governante falava à imprensa nesta quarta-feira (16), na província de Sofala, durante a abertura do oitavo curso de Sargentos da Polícia.
Questionado sobre a falta de esclarecimento dos crimes que vêm assolando o país nos últimos tempos, Chachine respondeu que a preocupação da Polícia e dos outros órgãos que actuam nesta área é encontrar mecanismos para esclarecer esses crimes.
Sobre os ataques ocorridos recentemente em Nhamapaza, distrito de Marínguè, província de Sofala, o Ministro do Interior classificou-os como negativos, sublinhando que causaram prejuízos à economia local, o que considera preocupante. Ainda assim, garantiu que as Forças de Defesa e Segurança continuam a trabalhar de forma coordenada para desvendar e esclarecer esses actos.
Refira-se que o caso mais recente atribuído à actuação dos supostos esquadrões de morte ocorreu em Quelimane, quando indivíduos desconhecidos dispararam contra o músico Joel Amaral, mais conhecido por MC Trufafá, atingindo-o na cabeça. Felizmente, a vítima encontra-se fora de perigo.
Com excepção do MC Trufafá, várias são as vítimas que não tiveram a mesma sorte. Um dos episódios mais bárbaros ocorreu a 9 de Janeiro último, na zona da Machava Socimol, quando três jovens foram assassinados poucas horas antes da tomada de posse do actual Presidente da República, Daniel Chapo.
Na ocasião, relatos recolhidos pela “Carta” davam conta de que os três jovens foram perseguidos por uma viatura Mahindra da polícia. Do veículo desceu um grupo de homens encapuzados que seguiu os jovens e disparou, à queima-roupa, mais de 20 tiros contra eles, sem que oferecessem qualquer resistência.
