A empresa de fundição do alumínio, denominada Mozal, localizada no Posto Administrativo de Beluluane, distrito de Boane, província de Maputo, voltou esta terça-feira a reunir-se com os residentes dos bairros Juba (Boane), Tchumene e Mahlampsene (Matola), que se queixam de haver um “pó branco” nas suas residências emitido por aquela indústria pesada.
Em conversa mantida com “Carta” à margem do evento, o Director de Assuntos Corporativos da Mozal, Gil Cumaio, garantiu que as poeiras emitidas por aquela indústria não são prejudiciais à saúde.
Segundo Cumaio, a conclusão deriva das análises laboratoriais realizadas na vizinha África do Sul às amostras colhidas nos quatro bairros afectados pelo referido “pó branco”. “Foram recolhidas as amostras e enviadas novamente ao laboratório que até acabou demorando um pouco para apresentar os resultados, porque nós queríamos um composto que, normalmente, não analisamos, que é alumina, o HS. Foi necessário passar de um laboratório para o outro e os resultados indicaram, por exemplo, para o HS, que está abaixo de 1, o que significa que não estamos a poluir o ambiente”, explicou.
Segundo Cumaio, as amostras recolhidas indicaram também que há uma série de poeiras nas amostras de “pó branco” e que, neste momento, o pessoal técnico está a trabalhar para poder esclarecer melhor de que poeiras se trata, porém, “não são prejudiciais à saúde”.
A fonte avançou ainda que, como forma de reduzir a poluição, a Mozal tem um plano de gestão ambiental que leva a cabo uma série de actividades, como a limpeza do ar, a troca dos filtros nos fornos de fundição, de acordo com as necessidades, assim como faz a manutenção dos equipamentos. (Marta Afonso)