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quinta-feira, 21 outubro 2021 07:17

Agências humanitárias com défice de 114 milhões de USD para assistirem deslocados em Cabo Delgado

As agências humanitárias que assistem os deslocados dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado necessitam de 114 milhões de USD para darem continuidade às suas actividades. A informação foi avançada esta quarta-feira pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em comunicado de imprensa, no qual aborda os problemas causados pela insegurança alimentar no mundo.

 

Sem revelar os nomes, a organização diz, no documento, que as agências humanitárias que trabalham naquela região do país requisitaram 254 milhões de USD para assistir pessoas deslocadas, porém, só conseguiram apenas 55% do valor, havendo “uma lacuna de 114 milhões de USD”.

 

Segundo a organização, é necessária uma acção urgente para garantir que as necessidades básicas de alimentação e nutrição das pessoas forçadas a fugir sejam atendidas, pois, “a insegurança alimentar continua a assolar pessoas mundialmente”, incluindo milhares de afectados em Moçambique.

 

Aliás, a ACNUR reconhece o apoio dado pelo Governo moçambicano aos 28.597 refugiados e requerentes de asilo distribuídos pelo país. Refere que, em 2019, o Executivo de Filipe Nyusi disponibilizou dois mil hectares para a prática de actividades de subsistência (agricultura e pecuária) no Centro de Refugiados de Maratane, na província de Nampula.

 

“Entre os deslocados há pessoas com habilidades, experiência e motivação necessárias para aprimorarem seus meios de subsistência e contribuírem para a economia das comunidades anfitriãs, o que poderia ser feito através da criação de mecanismos associados à produção de comida. Incluir as pessoas deslocadas à força nos sistemas alimentares leva tempo e engajá-las em actividades de agricultura e pecuária é uma das formas mais sustentáveis de fazer com que as mesmas alcancem a auto-suficiência”, sublinha a nota.

 

Referir que os ataques terroristas já causaram a deslocação forçada de mais de 800 mil pessoas, entre idosos, crianças e mulheres, sendo que a maioria necessita de apoios para a sua sobrevivência. (Carta)

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