Tudo indica que a terceira vaga da Covid-19, no território nacional, já constitui estória do passado. Esta quinta-feira, a Directora do Hospital Geral da Polana Caniço, Hélia Mananze, revelou que aquela unidade sanitária de referência nos cuidados da pandemia conta, actualmente, com 19 pacientes (dos quais quatro em estado crítico), depois de ter recebido 465 doentes entre Julho e Agosto último.
Mananze revelou estes dados durante a visita que o Secretário de Estado da Cidade de Maputo efectuou àquela unidade sanitária. “Já estamos há duas semanas a registar a redução dos casos de internamento e a taxa de mortalidade e vários factores estão a contribuir para esta situação, tal como a vacinação que está a ajudar também a reduzir o número de casos positivos”, explicou.
Segundo Mananze, neste momento, os profissionais de saúde afectos àquela unidade sanitária respiram de alívio, tendo em conta que sofreram uma grande pressão nesta última vaga, comparativamente às duas primeiras.
“Por causa desta pressão, sentimo-nos também um pouco aliviados com a abertura do Centro de Internamento do Hospital Geral de Mavalane, que também nos ajudou muito a diminuir a pressão e dar uma melhor resposta aos nossos pacientes com Covid-19. Se dependêssemos apenas do Hospital da Polana Caniço, teríamos tido muitos problemas”, constatou.
Refira-se que o Hospital Geral da Polana Caniço continua com uma capacidade de ocupação de 120 camas, enquanto o Hospital Geral da Mavalane tem capacidade para internar, ao mesmo tempo, 320 pessoas e o Hospital Central de Maputo tem 40 camas para pacientes padecendo de Covid-19.
A Directora do Hospital Geral da Polana Caniço disse ainda que, neste momento, o Hospital está a entrar num período de relaxamento, apesar de ainda existirem alguns pacientes internados.
“Neste momento, estamos aproveitando para fazer a manutenção dos nossos equipamentos porque não sabemos o que ainda está por vir. Em termos de pessoal, tivemos um cumulativo de 82 funcionários infectados. Não tivemos nenhuma perda e tivemos apenas um internamento que recebeu alta em dois dias”, disse. (Marta Afonso)