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segunda-feira, 02 agosto 2021 07:06

Intervenção ruandesa em Cabo delgado: Kigali garante alinhamento com SADC

 

O ministro ruandês dos Negócios Estrangeiros, Vicent Biruta, declarou, há dias, numa conferência de imprensa em que se fazia acompanhar pelo porta-voz das Forças de Defesa do Ruanda (RDF), Coronel Ronald Rwivanga, em Kigali, capital do Ruanda, que nenhum país da SADC tem problemas com a presença de tropas ruandesas na província de Cabo Delgado, onde estas ajudam a combater a insurgência.

O chefe da diplomacia ruandesa abordou, na ocasião, vários tópicos relacionados com assuntos regionais e globais que fizeram manchetes nas ultimas semanas, tendo-se referido a relatos de que alguns países, em particular, membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), levantaram preocupações com o facto de o Ruanda se ter adiantado ao bloco regional no destacamento de um contingente para Moçambique. "O que podemos dizer é que, antes de avançarmos, tivemos consultas com diferentes partes interessadas, como a União Africana e países interessados, em particular da SADC, e outros como França, EUA, Portugal e China”, disse Biruta, acrescentando: “não acordamos de manhã e decidimos avançar. Consultamos e depois partimos para o desdobramento. O que quer que tenha sido dito neste caso, não pode ser atribuído aos países, mas sim aos indivíduos a título pessoal”, disse Biruta.

Lembre-se, a pedido de Moçambique, o Ruanda destacou no início deste mês um contingente de 1.000 homens entre militares e polícias, como parte dos esforços para reprimir os insurgentes e restaurar a autoridade do Estado moçambicano na província de Cabo Delgado.

Ruanda acalma temores de prováveis ataques de represália 

Após a recente implantação em Moçambique, Kigali procura aliviar preocupações de prováveis retaliações dos militantes islâmicos. “Sabíamos que havia a possibilidade de sermos alvos, mas estamos prontos para assumir esse risco em nome dos nossos valores de protecção aos civis”, disse o porta-voz das Forças de Defesa do Ruanda, coronel Ronald Rwivanga e acrescentou: “Nós nos comprometemos a proteger os civis onde quer que estejam e isso é algo que decidimos como governo”, disse Rwivanga. (F.I)

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