Cada dia que passa, “Carta” recebe relatos de pacientes que se dirigem a uma unidade sanitária à procura de um teste ao Covid 19, mas que regressam a casa sem serem testados. Uma estimativa sugere que, em Maputo, apenas 1 em cada 10 pessoas que se dirigem às unidades sanitárias para testagem consegue alcançar o objetivo. Nesta segunda feira, “Carta” conversou com o Dr Ilesh Jani, Directir do Instituto Nacional de Saúde (INS) sobre o assunto.
Ele negou que haja uma ruptura do stoke de testes para o Covid 19. “Temos 86.000 testes de PCR e 904.525 testes rápidos de antigénio”, asseverou Ilesh Jani. Para além do stoke disponível, disse Jani, "existem testes em quantidade de curto prazo em laboratórios e unidades sanitárias”.
Então, como explica que os utentes do Serviço Nacional de Saúde reclamam que não conseguem ser testados nas unidades sanitárias e voltam para casa de mãos a abanar? “Não é por falta de testes”, respondeu ele. “O stoke existente dá para 3 meses. Por outro lado, acrescentou, a estratégia da Saúde é ir substituindo os testes PCR pelos testes rápidos, cujo stoke actual é de 1500 000 unidades.
Depois de terem sido implementados em primeiro lugar em Tete, onde a começou a terceira vaga em Moçambique, a testagem rápida já está a ser aplicada na região do grande Maputo, de acordo com Ilesh Jane. Brevemente chegará às restantes províncias.
“A ideia é deixarmos de usar os testes PCR pois são complexos devido ao transporte das amostras para laboratórios distantes. Numa vaga de alta transmissão, vamos apostar nos testes rápidos”. Ele voltou a repetir: em Moçambique não há ruptura de stoke de testes para o Covid 19. “Nem de medicamentos e muito menos de material médico, de acordo com a informação partilhada dentro do sistema”. (Carta)