A Nova Democracia (ND), uma das novas forças políticas da sociedade moçambicana, saúda a intervenção militar da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) no combate aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, porém, critica a escolha do Ruanda, como parceira bilateral do país neste desafio.
Segundo a ND, a intervenção militar da SADC tem fundamentos históricos e culturais, porém, a escolha do Ruanda transmite uma “mensagem forte de desconcerto de posições e desconforto diplomático com os Estados vizinhos”.
“É aceitável a intervenção da SADC, União Africana e Nações Unidas. Mas é estranho o envolvimento do Ruanda sem consulta nacional às forças activas da sociedade, nem mesmo ao Conselho de Estado, Parlamento e sem nenhuma comunicação à Nação”, sublinha a fonte.
Para a ND, com esta opção, o país dá um passo para trás na relação com os seus vizinhos, sobretudo, com aqueles com quem partilha fronteiras e recursos, nomeadamente, Malawi, Zimbabwe, Tanzânia e África do Sul.
“Porquê Ruanda? A que preço? Quem paga? (…) Porquê escolher um país cujo regime cria problemas nos Grandes Lagos e que persegue opositores e activistas por toda a África?”, questiona aquele partido político, defendendo que estamos perante uma reiterada violação dos comandos normativos da nação. (Carta)