Mais de um milhão de crianças, em Moçambique, são submetidas ao trabalho infantil, de um total de 168 milhões de crianças que se encontram nesta condição em todo o mundo. Os dados foram apresentados no último sábado, pela Primeira-dama, Isaura Ferrão Nyusi, por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra o Trabalho Infantil.
Segundo a esposa do Presidente da República, trata-se de uma situação problemática, causada pelas condições sócio-económicas do país, que levam milhares de crianças a “abraçarem” precocemente o mercado do trabalho para ajudar a família nas despesas de casa.
De acordo com Isaura Nyusi, os aspectos sócio-culturais também contribuem para o actual cenário, pois, a cultura moçambicana valoriza o trabalho infantil, como parte da formação do homem, em detrimento da preparação académica ou técnico-profissional.
“Reconhecemos o papel importante da inclusão de crianças em actividades produtivas como forma de socialização e aprendizagem do sentido de dever (…), porém, o trabalho de crianças é mau, quando afecta o desenvolvimento físico e psicológico”.
Para a Primeira-dama, as instituições do Estado, parceiros sociais e do desenvolvimento, devem reflectir e sensibilizar a sociedade na luta rumo à eliminação das piores formas de trabalho infantil. (O.O.)