A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) suspendeu, há dias, uma indústria vocacionada à captação, tratamento e venda de água (mineral), devido às péssimas condições de higiene, assim como a sua “má” localização.
Sem revelar o nome, o porta-voz da INAE, Tomas Timba, disse apenas que a referida indústria se localiza junto a um estabelecimento de venda de peças e acessórios para automóveis. Garantiu ainda que a mesma estava devidamente licenciada.
A fonte também não detalhou o tipo de problemas de higiene detectados pela equipa de inspecção. “Constatamos ainda que esta indústria não dispõe de um laboratório de ensaio para controlar a qualidade desta água, durante o processo de tratamento. Os trabalhadores também não se encontram devidamente equipados em função dos requisitos impostos por lei para este tipo de actividade”, explicou a fonte.
Segundo Timba, este não é o primeiro caso a ser registado no país. Ainda neste ano, revelou a fonte, a INAE suspendeu, também pelos mesmos motivos, as actividades de outras duas indústrias, sendo uma na cidade de Maputo e outra na província de Manica. Sublinhou, aliás, que as referidas indústrias também usavam recipientes de outras marcas para encher as suas garrafas.
Estas irregularidades foram descobertas durante os trabalhos realizados pela INAE entre os dias 01 e 16 de Maio corrente. Neste período, a instituição liderada por Maria Rita Freitas retirou, das prateleiras, 913 unidades de refrigerantes avaliados em 50.350,00 Meticais por ostentarem rotulagem em língua estrageira. Também foram apreendidas e destruídas sete máquinas de fortuna e azar, que estavam a ser exploradas de forma ilegal.
No âmbito do Estado de Calamidade Pública, a INAE encerrou 19 estabelecimentos de venda de bebidas alcoólicas e suspendeu outras 100 pelo incumprimento das medidas decretadas pelo Governo. Entre os estabelecimentos sancionados estão bottle stores, bares e barracas. (Marta Afonso)