O Centro de Saúde de Bilene-Macia está há cerca de um ano sem água. Esta é a versão dos residentes daquele distrito contactados pela “Carta”. A carência obriga os familiares dos pacientes a transportarem o preciso líquido das respectivas residências para aquela unidade sanitária, de forma a garantir a higiene pessoal dos seus entes internados. Os referidos cidadãos relatam que das vezes que quiseram obter explicações junto à direcção foram informados de que a situação de falta água se deve a uma avaria da bomba que transporta o precioso líquido até ao local.
Contactado pelo nosso jornal, Samuel Baloi, responsável pelo Centro de Saúde de Bilene-Macia, foi lesto a manifestar-se em defesa da instituição por si tutelada. “Começo por dizer que é uma informação cheia de falhas e erros de comunicação. Não estamos há um ano sem água, nem sete meses, mas apenas há dois meses com esse problema”. Baloi defendeu ainda que a culpa do que se vive naquela unidade hospitalar não deve ser “atirada às costas” daquela instituição, visto que o sistema de abastecimento não é sua propriedade.
Quando questionado sobre os familiares que dizem ser obrigados a transportar água das suas residências, garantiu que “isso não constitui verdade, porque nós temos sistemas alternativos de fornecimento de água internamente”. E porque o maior valor do Ministério da Saúde é a Vida, o nosso interlocutor disse que as autoridades distritais (que é como quem diz, as estruturas competentes) já se encontram em actividade no sentido de repor o abastecimento normal da água, com vista a garantir a higiene, saúde e vida dos utentes. (Carta)