Os profissionais de saúde e agentes da Polícia são os grupos mais expostos ao novo coronavírus, na cidade de Lichinga, capital provincial do Niassa. Os dados constam do Inquérito Sero-epidemiológico, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), naquele ponto do país, entre os dias 28 de Setembro e 16 de Outubro último, com o objectivo de perceber quais os locais mais afectados pelo novo coronavírus, bem como identificar os grupos etários mais expostos ao vírus.
Segundo os resultados divulgados esta terça-feira, os profissionais da saúde são os mais expostos (1.8%), seguidos das forças policiais (1.5%), transportadores (0,4%), agregados familiares (0,3%) e dos vendedores dos mercados (0,2%). Por seu turno, os estabelecimentos comercias são os menos expostos.
De acordo com o Inquérito, os Técnicos de Medicina Preventiva são os mais expostos entre os profissionais de saúde (4.2%); enquanto os agentes da Polícia da Republica de Moçambique (PRM) são os mais expostos entre as forças policiais (4%) e os transportadores inter-distritais são os mais expostos entre os transportadores (4.8%).
O Inquérito revela ainda que a exposição ao coronavírus está mais evidente nos Mercados Central (0,3%) e Chiuaula (0,3%), assim como entre os adolescentes e jovens (0,5%), a nível dos agregados familiares.
Entretanto, as autoridades da saúde referem que a capital provincial do Niassa apresenta a seropositividade mais baixa do país, comparada com outras cidades,onde o Inquérito já foi realizado (Pemba, Tete, Quelimane, Beira e Cidade de Maputo). Os bairros, por exemplo, não apresentam nenhuma exposição ao vírus e grande parte dos casos não apresenta sintomas.
Refira-se que o Inquérito, realizado na cidade de Lichinga, contou com a participação de 3.783 pessoas, das quais 2.373 são do sexo masculino e 1.410 femininos. (Marta Afonso)