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Actualizado de Segunda a Sexta

quinta-feira, 24 setembro 2020 07:08

Quatro funcionários públicos na “mira” da justiça por suspeita de desvio de 1.4 milhão de Mts na Zambézia

1. Abel Sumal Salvador, responsável do sector de Recursos humanos é uma das peças chave do saque; 2. Nelson Moniz, responsável do sector administrativo é visto como a peça chave do saque; 3. Nelson Antonio Nhassuvila, funcionário é usuário do sistema de execução orçamental; 4. Cristina Sede, funcionária é usuária do sistema de execução orçamental.

Quatro funcionários públicos, do Governo Distrital de Chinde, na província da Zambézia, estão na “mira” da justiça, suspeitos de terem desviado 1.400.000,00 Meticais, dos cofres do Estado. A informação foi avançada esta quarta-feira, pelo Secretário Permanente daquele distrito, Eugênio Mussa Gocinho, em mais uma sessão do executivo daquele ponto do país.

 

Conforme apuramos, os indiciados estão afectos ao sistema de pagamento e execução orçamental, sendo que um é responsável pelo sector administrativo, outro é Chefe distrital dos Recursos Humanos e o terceiro é uma funcionária da instituição. Todos se encontram suspensos das suas actividades até ao esclarecimento do caso.

 

Uma fonte do Governo distrital de Chinde contou à “Carta” que o dinheiro foi canalizado a uma conta particular de um indivíduo estranho à instituição, que supostamente reside na cidade da Matola, capital da província de Maputo.

 

A fonte avança que, para lograr sucesso, o grupo cadastrou, indevidamente, dois Números Únicos de Identificação Tributária (NUIT) de igual número de funcionários distritais (de baixo escalão) no sistema de pagamentos, como usuários, de modo a facilitar as operações de saque de dinheiro naquele ponto do país.

 

A fonte avança que os referidos funcionários “usados” nunca foram informados do esquema, assim como também nunca tiveram acesso ao sistema, até porque um é guarda e outro é servente, todos sem capacidades técnicas para manipular o sistema.

 

Segundo conta a fonte, os indiciados começaram por retirar 100 mil Meticais para um suposto subsídio de funeral, tendo seguido um saque de 300 mil Meticais para despesas pouco claras da instituição e, por fim, desviaram um milhão de Meticais, financiados por parceiros do governo distrital de Chinde.

 

A fonte refere que o esquema acabou sendo descoberto quando o gerente do banco comercial, onde está domiciliada a conta, ligou para o Secretário Permanente do distrito, para se inteirar das transferências que eram efectuadas constantemente a uma pessoa que não é funcionária do Estado.

 

Conforme garantiu a fonte, os quatro funcionários foram suspensos, na última terça-feira, numa reunião bastante tensa, em que os mesmos foram apresentados e ordenados a não abandonar o distrito, antes que o processo seja clarificado. (O.O.)

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