As obras em curso terminarão em Setembro do próximo ano. O Ministro das Obras Públicas e Habitação, João Machatine, terá sido instrumental para conseguir um acordo com as empreiteiras que se ofereceram a trabalhar a um custo bonificado. Sem muita margem negocial, devido à actual exiguidade orçamental do Governo, Machatine foi bater as portas das empreiteiras e elas anuíram. O custo global da reparação dos troços será de 30 milhões de USD. O custo comercialmente estimado seria de 60 milhões de USD, não fosse a caridade das empresas, maioritariamente chinesas.
Eis os troços críticos em reabilitação ao longo da EN1:
- Pambara/Rio Save/Rio Muari: entre Inhambane e Sofala; 154 km, adjudicados a CRBC, construtora chinesa, que ergueu a ponte Maputo/Katembe e todas as estradas adjacentes ao projecto.
- Inchope/Canda: em Sofala; 100 km adjudicados à chinesa AFECC, que está a reabilitar a Beira/Machipanda (a AFECC é co-proprietária do Glória Hotel em Maputo e do Golden Peacock na Beira).
- Canda/Matondo: em Sofala; 160 km adjudicada a Sinohydro.
- Matondo/Nangue: em Sofala; 35 km adjudicados a moçambicana Concity.
- Marromeu/Cruzamento de Nangue: em Sofala; 15 km, adjudicados à moçambicana EREPIPS
- Rio Lúrio/Metoro: em Cabo Delgado; 74 km adjudicados à Chicco, chinesa.
Todos os contratos para estas empreitadas foram feitos por adjudicação directa por causa do caracter urgente da obra e da necessidade de se encontrar empreiteiros dispostos a incorrerem a uma margem de lucro zero. O estado caótico da via justificava uma intervenção urgente, para evitar que a EN1 ficasse interrompida devido à precariedade da estrada, vital para a economia de Moçambique. (Carta)