Com o número de empresas a continuar a fechar por efeitos da crise pandémica, empregadores chamam pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) para desempenhar um papel preponderante na economia nacional: salvar o activo da instituição (os empregos).
Dados divulgados pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) indicam que, até semana antepassada, o número de empresas que suspenderam actividades tinha disparado para 1.175, afectando 12.160 postos de trabalho, com maior destaque para o sector de hotelaria, restauração e transporte. Com o evoluir da crise provocada pela pandemia Covid-19, no mundo e no país o número continua certamente a crescer.
E perante essa situação, a classe empresarial clama por medidas para ajudar as empresas a enfrentar a crise, alertando ao INSS para evitar a depreciação do seu activo com a diminuição da canalização de obrigações dos empregadores e dos empregados.
“O INSS deve ser mais activo porque o seu activo essencial, que é o emprego, está em risco, o que poderá afectar a própria instituição”, disse, semana finda, em conferência de imprensa, Onório Boane, Director-geral-adjunto do Parque Industrial de Beluluane.
O alerta da CTA acontece dias depois de o Ministério do Trabalho e Segurança Social, através do Inspector-geral do Trabalho, informar que o INSS não paga salários, senão subsídios, por exemplo, de doença comprovada por autoridades sanitárias.
Que os empregos estão a ser comprometidos é uma realidade relatada, há dias, pelo Secretariado de Estado da Juventude e Emprego ao afirmar que a crise irá afectar a meta de criação de três milhões de empregos durante o segundo ciclo de governação do Presidente Filipe Nyusi.
Diante desta realidade crítica, o Director-geral-adjunto do Parque Industrial de Beluluane, em representação da CTA, defendeu: “o INSS deve avaliar como usar a sua posição no mercado financeiro, seja para criação de linhas de apoio às Pequenas e Médias Empresas”. (Evaristo Chilingue)