O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, garante que irá implementar medidas duras contra alguns profissionais da saúde que têm apresentado atestados médicos que lhes impedem de exercer sua profissão no sector público, por alegadamente se encontrarem doentes, mas exercendo a profissão em entidades privadas, durante o mesmo período.
“Seremos implacáveis contra este tipo de comportamento e desde já informamos que a tolerância é zero com pena de demissão ou expulsão”, disse Tiago, perante uma plateia composta maioritariamente por médicos.
Falando sobre a ética e deontologia profissional, no curso de integração dos médicos residentes (pós-graduação), que decorre no Hospital Central de Maputo, o titular da pasta da saúde fez questão de lembrar que todo o profissional de saúde não se deve esquecer do juramento que fez em prol da saúde e bem-estar da população.
Desafiou ainda aquela classe profissional a reflectir sobre os aspectos básicos de humanização que devem sempre nortear as suas actuações ao longo da carreira profissional.
Na sua locução, Armindo Tiago defendeu que o bom senso deve estar sempre presente na vida de qualquer pessoa e que os profissionais de saúde não podem apenas querer agir correctamente, quando estiverem a ser observados, mas em todo o momento.
Tiago sublinhou também a necessidade de se investir na comunicação, por entender que é um aspecto fundamental para o estabelecimento de boas relações e confiança entre o profissional de saúde e os pacientes, pois, “não são apenas os medicamentos que fazem melhorar o paciente, mas sobretudo o tratamento e a forma como o profissional lida com o doente”.
Refira-se que o curso de integração, que decorreu no âmbito da abertura do ano da residência médica 2020, conta com um universo de 80 candidatos a 19 especialidades médicas. O curso irá durar quatro anos. (Marta Afonso)