Depois de ter cancelado algumas cirurgias no mês de Fevereiro, devido à falta de sangue, a maior unidade sanitária do país, o Hospital Central de Maputo (HCM), continua a ressentir-se da falta do precioso líquido. A informação foi partilhada na última terça-feira, pela unidade sanitária, porém, garantiu que as quantidades existentes são suficientes para cobrir parte das necessidades de sangue, mas continua o grito de socorro para a doação deste líquido.
De acordo com a enfermeira-chefe do Banco de Sangue, Maria Justina Manjate, o maior défice de sangue regista-se para os grupos sanguíneos com maior enfoque para “O”, considerado incomum.
Manjate faz um apelo para a adesão em massa nas campanhas de doação de sangue que têm estado a acontecer em diferentes pontos do país, sob o risco de a maior unidade sanitária ver-se forçada a continuar com o adiamento das cirurgias electivas, por falta deste líquido.
A fonte aponta ainda as chuvas e as altas temperaturas que se fizeram sentir um pouco pela cidade e província de Maputo como uma das causas da redução do stock de sangue, entretanto, garante já estar a ser ultrapassado.
Apesar desta situação, a Chefe do Banco de Sangue diz que não é condição, nem obrigação doar sangue para que se efectue uma transfusão ou uma intervenção cirúrgica. Sublinha que uma das formas encontradas pelo HCM para satisfazer a demanda que se verifica é realizar campanhas permanentes nas igrejas, instituições públicas, privadas entre outros locais.
Revela ainda que o HCM necessita, em média, de três mil unidades de sangue, contra as actuais duas mil que são colectadas mensalmente. (Marta Afonso)