As autoridades moçambicanas alertaram hoje para a propagação de notícias falsas sobre o novo coronavírus no país, reiterando que o país continua livre sa doença e que os serviços de saúde estão a divulgar a situação diariamente. “Qualquer informação sobre a evolução do coronavírus no país será reportada pontualmente através dos habituais canais de comunicação”, lê-se hoje num comunicado do Hospital Central de Maputo (HCM). Aquela unidade veio a público desmentir um documento falsificado com o timbre de uma direção provincial e propagado nas redes sociais sendo o qual haveria um caso de contágio no HCM. “O HCM não confirma este facto e desmente a ocorrência de casos da doença na unidade hospitalar, informando ainda que até à data não foi diagnosticado nenhum caso em Moçambique”, detalha.
O esclarecimento surge depois de há dez dias as autoridades de saúde terem lançado um esclarecimento sobre o confinamento voluntário de quatro cidadãos chineses num hotel de Maputo, explicando que nenhum estava infetado, nem estavam sob quarentena obrigatória. Em Moçambique, a triagem de passageiros provenientes da China, independentemente da sua nacionalidade, começou no dia 22 de janeiro. De acordo com dados do Ministério da Saúde, até domingo já tinham sido rastreados 468 passageiros que foram aconselhados a permanecer em casa, de forma voluntária, para seguimento diário, por profissionais de saúde. Dos 468, um total de 310 já completaram os 14 dias de seguimento, sem o registo de sintomas. O número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu hoje para 1.868, ao mesmo tempo que foram registados 1.886 novos casos de infeção, num total de 72.436 infetados. Além de 1.868 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.
Embora cerca de 30 países tenham casos diagnosticados com Covid-19, a China regista perto de 99% do total global de infetados. (Lusa)