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sexta-feira, 17 janeiro 2020 04:34

Quatro rios acima dos níveis de alerta em Montepuez

Quatro rios da província de Cabo Delgado, na zona norte do país, ainda se encontram acima dos níveis de alerta em alguns pontos do distrito de Montepuez, segundo deu a conhecer, ontem, a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos (DNGRH).

 

Em comunicado de imprensa, divulgado na tarde de ontem, a DNGRH garantiu que as bacias hidrográficas dos rios Messalo, Megaruma, Montepuez e Muaguide ainda se encontram estacionárias naquela região do país, com o volume das águas ainda a manterem-se acima dos níveis de alerta.

 

Um dos rios que ainda mantém o caudal acima do nível de alerta é o Messalo que, na zona de Nairoto, distrito de Montepuez, mantém os 19 centímetros de caudal, acima do nível de alerta, porém, de acordo com aquela instituição, sem impactos significativos.

 

De acordo com a autoridade responsável pela gestão das bacias hidrográficas, nas próximas 72 horas, o Rio Messalo poderá manter-se acima do nível de alerta, entretanto, condicionando a circulação rodoviária entre Mirate e Nairoto.

 

Já o rio Megaruma, em Montepuez, também continua com os seus 2 metros acima do nível de alerta e com tendência a subir. Esta situação, segundo a DNGRH, provocou a interrupção da circulação rodoviária entre Mecúfi-Chiúre e inundações nas aldeias de Napolimuite, Nimanro, Natuco, Moje e Milapani.

 

Tal como o rio Messalo, a DNGRH refere que o rio Megaruma, naquele ponto do país, poderá manter-se também acima do alerta, condicionando a circulação rodoviária entre os distritos de Chiúre e Mecúfi.

 

Por seu turno, o rio Montepuez, na zona de Mecuia, também está com 30 centímetros acima do alerta e com tendência a subir. A situação já causou um galgamento da ponte que liga os distritos de Quissanga e Macomia.

 

Inundações causou também o rio Muaguide, que deixou as aldeias de Nangua, Nacuta, Nuamapala, 25 de Junho, Nanjua, Pulo e Tratara debaixo das águas.

 

Para as próximas 72 horas, a DNGRH prevê a subida do nível de água nas bacias do Limpopo, Inhanombe, Mutamba, Búzi, Púnguè, Zambeze, Ligonha, Meluli, Lúrio e Rovuma.

 

A bacia do Licungo, que já desalojou centenas de famílias nos distritos de Maganja da Costa, Namacurra, Lugela e Mocuba, na província central da Zambézia, poderá manter-se em alerta, causando inundações moderadas nos distritos de Maganja da Costa (povoações da Vila Valdez, Yassopa e Ntabo) e em Namacurra (povoações de Furquia, Mbau, Muebele e Malei).

 

A DNGRH prevê, igualmente, a continuação do cenário de inundações nas cidades da Beira e Quelimane.

 

No que tange ao armazenamento da água nas principais albufeiras do país, a DNGRH revela que a Albufeira de Nampula está esgotada (100%), com uma reserva de 20.25 m³/s; Nacala, também com 100% (2.98 m³/s); Mugica com 78.13% e Chipembe com 95.06%, correspondentes a 0.96 m³/s.

 

Já na região centro, a Albufeira de Cahora Bassa está com tendência de subida, contando com 72% de armazenamento, equivalente a 2895.50 m³/s e 1885.70 m³/s. Chicamba está com 68.68%; e Muda-Nhaurire com 88.20%, o que equivale a 0.80 m³/s.

 

Na região sul, a Albufeira dos Pequenos Libombos tinha 25.43% de armazenamento, estando a descer, correspondente a 1.85 m³/s e 3.09 m³/s. A Albufeira de Corumana apresenta uma tendência de subida, estando com 27.45%, equivalendo a 15.86 m³/s e 2.43 m³/s. Já a Albufeira de Massingir, com 35.31%, apresenta uma tendência de subida, correspondente a 56.44 m³/s e 20.00 m³/s.

 

No seu comunicado, a DNRGH apela à sociedade, em geral, para a observância de medidas de precaução, evitar a travessia do leito dos rios, particularmente nas bacias de Púnguè, Licungo, Montepuez, Megaruma e Messalo, sob o risco de ser arrastado pela força da água. (Carta)

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