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BCI
quarta-feira, 18 dezembro 2019 03:49

Vítimas da Lixeira de Hulene sem “subsídios” há três meses

Dez mil meticais é o valor que as famílias vítimas da famigerada tragédia da Lixeira de Hulene, na Cidade de Maputo, deviam receber mensalmente – como apoio social e económico – da edilidade da capital, até que as mesmas sejam devidamente reassentadas.


No entanto, aquelas famílias queixam-se que, há três meses, não vêem um cêntimo do Conselho Autárquico da Cidade de Maputo.


A informação consta numa nota publicada na página da organização de defesa do meio ambiente, Livaningo, na última segunda-feira (16), a qual ter-se-á reunido com as vítimas.

 

Na nota publicada consta que as famílias esperavam receber os valores no passado dia 06 de Novembro, o que não veio a acontecer. A situação de falta de pagamento levou a que, na semana passada, a Comissão das Vítimas da Tragédia de Hulene se reunisse com os representantes do CACM para aferir as razões da demora.

 

A edilidade justificou-se dizendo que a demora tinha a ver com a burocracia na tramitação dos processos, especificamente no que concerne à transferência de valores, mas garantiu que o assunto será resolvido dentro de dias.


Uma outra situação que apoquenta as vítimas do desabamento da lixeira de Hulene tem a ver com as casas que estão a ser construídas em Possulane que, segundo os beneficiários, estão a ser erguidas numa zona baixa e propensa a inundações.


A este respeito, a população chegou mesmo a enviar um abaixo-assinado ao Governo, o qual garantiu que iria resolver o problema. No entanto, passado um mês, nada de novo aconteceu.

 

A tragédia de Hulene foi um dos casos mais badalados da antiga administração da autarquia de Maputo, tendo inclusive levado a sociedade civil a manifestar-se, exigindo que o então edil David Simango colocasse o seu lugar à disposição.


Recorde-se que esse triste episódio aconteceu numa fatídica madrugada de segunda-feira (19 de Fevereiro de 2018), sendo que 17 pessoas perderam a vida e cinco ficaram gravemente feridas. Parte do lixo afectou 200 casas, sendo que 32 famílias foram desalojadas, enquanto outras 60 tiveram de ser movimentadas para os arredores, por questões de segurança. (Carta)

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