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BCI
quarta-feira, 06 novembro 2019 02:37

Exploração ilegal de madeira: Operação desmantela rede de furtivos em Zinave

Uma operação conjunta entre a Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC),  Agência Nacional para o Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA), Peace Parks Foundation,  Dyck Advisory Group e Administração do Parque Nacional de Zinave (PNZ), levou, no passado dia 17 de Outubro, à prisão de vários suspeitos envolvidos na extracção ilegal de madeira na Coutada 4 de Moçambique, uma concessão de caça que fica na fronteira norte do PNZ. A informação consta de um comunicado enviado à nossa redacção na última segunda-feira (04).

 

A nota explica que tudo começou depois que se ouviu o som de motosserras numa área onde a extracção de madeira é estritamente proibida. Após a confirmação, prossegue a nota, a equipa de segurança do parque entrou em contacto com a ANAC para garantir a aprovação da intervenção pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, tendo, imediatamente, recebido autorização para a realização da operação que culminou com a detenção dos furtivos.

 

“A operação foi coordenada desde a base, a partir da sala de operações do PNZ, usando o sistema de rádio digital recém-instalado para comunicação. A operação contou com o apoio aéreo de helicóptero para monitorar as operações e a rápida implantação de equipas de segurança, que incluíam os fiscais bem treinados daquele parque nacional”, lê-se no comunicado.  

 

De acordo com a fonte que temos vindo a citar, as equipas de segurança, lideradas pela AQUA, também foram posicionadas ao longo das possíveis rotas de saída, isto para inviabilizar toda e qualquer tentativa de fuga.

 

Durante a operação, prossegue o documento, vários envolvidos foram presos e, até ao momento, sete foram acusados de extracção ilegal de madeira de uma área protegida. “Além disso, quatro camiões de madeira, cinco tractores, seis viaturas, duas carregadoras frontais e vários equipamentos de exploração foram confiscados. A AQUA apreendeu ainda outros seis camiões que tentavam deixar a área”, acrescenta a nota.  

 

O documento observa que, embora a Coutada 4 conte, actualmente, com baixo número de animais selvagens, o espaço possui uma rica variedade de espécies valiosas de árvores que são alvo constante de operadores ilegais de madeira. Assim, conclui a nota, a Coutada 4 é, por definição, uma Área de Conservação (Área Protegida) sob supervisão e controlo da ANAC e, por isso, nela aplica-se a lei 5/2017 - Lei da Protecção, Conservação e Uso Sustentável da Diversidade Biológica, aplica-se dentro e fora das Áreas de Conservação. (Carta)

 

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