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quinta-feira, 26 setembro 2019 08:10

Inaugurados Monumento e Centro de Interpretação dedicados aos combatentes da Luta de Libertação Nacional

Foram, finalmente, inaugurados o Monumento e o Centro de Interpretação dedicados aos combatentes da Luta de Libertação Nacional. Trata-se de dois empreendimentos de interesse histórico e turístico que vinham sendo erguidos, desde 2015, na Praça dos Combatentes, na cidade de Maputo.

 

A cerimónia de inauguração teve lugar esta quarta-feira, 25 de Setembro, e foi dirigida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no âmbito da comemoração dos 55 anos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), que ontem se assinalaram.

 

Com duração de um ano, as obras deviam ter sido entregues em 2016, mas, segundo o Director Nacional de História, no Ministério dos Combatentes, João António Ntchonho, só foram entregues em Dezembro de 2018.

 

A fonte afirma que a demora se deveu à crise financeira que se abate sobre o nosso país, desde 2016, motivada principalmente pela retirada do apoio directo ao Orçamento do Estado, devido à descoberta das “dívidas ocultas”, contratadas pela administração Guebuza, entre os anos de 2013 e 2014.

 

O monumento, onde constam nomes de 3.256 cidadãos (431 mulheres e 2.825 homens) que lutaram pela independência do país, entre 1964 e 1974, e o Centro de Interpretação custou 54 milhões de Mts, provenientes do Orçamento do Estado, segundo Ntchonho.

 

Para o Presidente da República, o monumento “eterniza os feitos dos filhos desta pátria” e “sinaliza a passagem do seu testemunho para as gerações vindouras”. “Com este património, queremos preservar a nossa eterna gratidão aos combatentes que tombaram lutando para a nossa independência e dignidade pública”.

 

“Este não é mais um monumento, mas sim é o local de viagem e de reencontro com o nosso passado recente, da busca das raízes do que somos hoje e que sirva de referência para o presente”, defendeu.

 

“Enquanto homenageamos os combatentes, queremos também saudar aqueles que hoje estão a sofrer privações para preservar a nossa integridade territorial e defender as nossas populações contra a violência dos malfeitores. Tal como os combatentes de ontem, os de hoje merecem a nossa gratidão e reconhecimento”, disse Nyusi, em referência aos militares que, diariamente, tombam na província de Cabo Delgado, vítimas dos ataques que vêm sendo protagonizados por um grupo até aqui desconhecido, desde Outubro de 2017.

 

Refira-se que os dois empreendimentos são inaugurados num momento em que o Conselho Autárquico da Cidade de Maputo mostra-se ainda incapaz de combater o comércio informal, a imundice e criminalidade naquele local, o que coloca um grande desafio para a sua manutenção. Aliás, durante o período de construção, os dois empreendimentos serviam de locais de esconderijo dos malfeitores que, a qualquer período do dia, assaltavam os utentes do mercado e do terminal rodoviário daquela Praça. (Marta Afonso)

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