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terça-feira, 06 agosto 2019 06:49

Admissão à Ordem dos Advogados: Bastonário garante haver transparência no processo

Semanas depois de internautas terem circulado informações, dando conta de que os candidatos admitidos a membros da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), nos finais de Junho passado, foram supostamente aprovados na base de critérios pouco claros de avaliação, que incluem amiguismo com os membros da Comissão Nacional de Avaliação de Estágio e Exames (CNAEE), o Bastonário daquela organização profissional veio, publicamente, distanciar-se da informação, garantindo não ter havido nenhuma irregularidade nas provas.

 

Falando à imprensa, esta terça-feira, Flávio Menete afirmou que os estudantes aprovados, que correspondem a 48 por cento dos 39 examinados, “foi por mérito”. “Estivemos a verificar todos os exames, de modo a clarificar toda a informação que circulou nas redes sociais e percebemos que é tudo falso. Queremos lamentar o facto de que cidadãos que pretendem ser advogados usem este tipo de mecanismos, alegadamente para defesa dos seus interesses. Do ponto de vista ético é condenável”, disse Flávio Menete.

 

Segundo Menete, a avaliar pelo que foi escrito nas redes sociais, as pessoas demonstraram ainda não ter domínio das regras de ética e deontologia profissional do advogado. “Nós experimentamos, pela primeira vez, neste exame, a separação das provas escrita e oral e pensamos que tenha sido esta medida que, eventualmente, levou a esta preocupação que se instalou porque, com o novo regulamento que está sendo usado, só faz a prova oral aquele que tiver obtido uma nota mínima de oito valores na prova escrita”, explicou.

 

De acordo com o Bastonário da OAM, tudo o que se pretende evitar é ter estudantes que tenham dois ou três valores na prova escrita e, milagrosamente, terem 17 ou 18 valores na prova oral e admitir para a ordem.

 

“É preciso considerar que a profissão de advogado é de grande responsabilidade e não podemos permitir que pessoas que não estejam preparadas o suficiente exerçam esta profissão, sob pena de estarmos a condenar os seus clientes e termos problemas sérios no futuro em resultado da falta de preparação dos seus defensores”, sublinhou a fonte.

 

“Não apuramos qualquer anomalia na CNAEE e encorajar os membros desta instituição a realizar as suas actividades com rigor que deve existir neste tipo de trabalho”, encerrou Menete. (Marta Afonso)

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