As fronteiras moçambicanas registaram, de Janeiro a Maio deste ano, o repatriamento de 7.619 cidadãos nacionais, vindos da África do Sul, Malawi, Tanzânia e Zimbabwe. A cifra representa uma redução na ordem de 41 por cento, comparativamente ao igual período do ano passado, em que foram repatriados 12.956 moçambicanos.
Os dados foram partilhados, esta quinta-feira (20 de Junho), pelo porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), Celestino Matsinhe, durante o habitual briefing semanal com a imprensa. Na ocasião, a fonte avançou que a permanência ilegal naqueles países vizinhos foi o principal motivo que levou ao repatriamento daqueles cidadãos moçambicanos.
A África do Sul lidera a lista dos países que deportaram os nossos concidadãos, tendo “devolvido” ao país 7.367 moçambicanos, contra 248 vindos do Malawi. Da Tanzânia foram repatriados três e Zimbabwe deportou um moçambicano.
No mesmo período, revela Matsinhe, mais de 800 cidadãos estrageiros foram interpelados, a nível nacional, em situação migratória irregular, sendo que 366 conseguiram regularizar a sua situação e 495 foram repatriados para os seus países de proveniência.
A fonte afirmou, ainda, que as infracções migratórias mais detectadas, desde o início de 2019, são a imigração ilegal de 226 cidadãos, a permanência Ilegal de 165 cidadãos estrangeiros e, por último, a falta de comunicação de mudança de domicílio de 81 forasteiros.
Entre os estrangeiros em situação ilegal, no país, estão os malawianos (281), seguidos de chineses (113) e, por fim, nigerianos (61). (Marta Afonso)