Dinis Albino, chefe do Povoado de Nametil e vice-presidente do Comité de Fauna Florestal, disse que as autoridades governamentais em colaboração com o Fórum Terra haviam formado, em 2009, membros dos comités de gestão dos recursos naturais para assumirem a fiscalização da floresta. Mas, de acordo com Albino, foi apenas uma formação e um mar de promessas de incentivos aos fiscais comunitários.
“Os fiscais já estão a abandonar e outros prometem fazer o mesmo. Eles apontam a falta de incentivo financeiros”. A fonte não avançou o real número de fiscais desertores. De acordo com o nosso entrevistado, enquanto a situação prevalecer, a floresta ficará sem fiscais comunitários, pessoas que tem apoiado os poucos fiscais governamentais existentes naquela área de conservação. Por seu turno, fontes do Governo reconhecem o problema da falta de incentivos aos fiscais, mas atribuem a responsabilidade ao Fórum Terra, organização que ajuda na preservação da floresta.
Segundo Vasco Martinho, fiscal de Floresta e Fauna Bravia nos Serviços Distritais de Actividades Económicas de Mecuburi, “na verdade, reconhecemos o trabalho dos nossos colegas fiscais comunitários, uma vez que através deles conseguimos minimizar a entrada de furtivos que pilhavam muitos recursos. Infelizmente, nós como governo não temos fundos para incentivá-los”, disse. Na Reserva Florestal de Mecuburi (RFM), abundam diversas espécies de madeira como é o caso de pau-preto, umbila, pau-ferro entre outros, além de animais de pequenas. (Sitoi Lutxeque, Nampula)