Menos de vinte e quatro horas após o anúncio de que o processo de pacificação do país estará concluído, o mais tardar, até à primeira semana de Agosto do corrente ano, a Embaixada dos Estados Unidos de América (EUA) veio a público, esta segunda-feira, instar as partes, actualmente na mesa das negociações, a cumprir com os compromissos assumidos.
Apesar de saudar os consensos alcançados entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o Presidente da Renamo, Ossufo Momade, a representação diplomática dos EUA, em Maputo, entende que os dois líderes devem adoptar medidas conducentes à materialização, na letra e no espírito, dos consensos assumidos, que, segundo se sabe, culminarão com a assinatura do “Acordo de Paz Definitiva”, em Agosto.
“Os Estados Unidos saúdam esta notícia de progresso rumo ao alcance destes marcos-chave antes das eleições gerais de Outubro e instam ambos os lados a continuar a tomar medidas concretas e simultâneas para cumprir os seus respectivos compromissos de alcançar um oportuno e completo DDR (Desarmamento, Desmobilização e Reintegração) dos combatentes da Renamo”, lê-se na nota da Embaixada Americana, recebida pela “Carta” na manhã desta segunda-feira.
Concretamente, os dois líderes assumiram, no passado domingo, na cidade de Chimoio, província de Manica, que iriam concluir o processo de DDR nos meses de Junho e Julho e que o mesmo culminaria com a assinatura de um Acordo de cessar-fogo definitivo e de paz, isto na primeira semana de Agosto próximo.
Na nota, os EUA garantem estarem empenhados, no âmbito do Grupo de Contacto Internacional, em prestar todo o apoio necessário para que o país possa alcançar a paz duradoura.
“Os Estados Unidos felicitam o Governo da República de Moçambique e a Renamo, e continuam empenhados em trabalhar no âmbito do Grupo de Contacto Internacional para fornecer o apoio necessário para alcançar a paz duradoura merecida pelo povo de Moçambique”, concluiu.
Quem também saúda os consensos alcançados é o Embaixador da Suíça, Mirko Manzoni, que preside o grupo de contacto nas negociações, considerando que a declaração conjunta traz "esperança e optimismo".
"Isto é um testemunho do poder do diálogo e do compromisso de ambas as partes em alcançar o objectivo final de paz", refere um comunicado da embaixada. (Carta)