Mais de 35 casas foram entregues esta segunda-feira pelo Município de Maputo às vítimas do desabamento da lixeira de Hulene, reassentadas em Possulane, no Município de Marracuene. Embora seja considerado um avanço significativo, a ausência de serviços sociais básicos, como transporte, educação e saúde, continua a ser uma das maiores preocupações.
Matias Matsinhe, um dos beneficiados, expressou a frustração que muitos sentem, destacando a necessidade urgente de acesso aos serviços essenciais para garantir uma vida digna em Possulane.
Entretanto, o Presidente do Município de Maputo, Rasaque Manhique, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelas famílias nas suas anteriores residências, onde enfrentavam pressões financeiras constantes, como a exigência de aluguer.
“É essencial que os empreiteiros estejam prontos para ouvir e responder às preocupações dos residentes, garantindo que o reassentamento não seja apenas uma mudança física, mas uma real oportunidade para reconstruir suas vidas com dignidade e acesso a serviços adequados”, frisou Manhique.
Seis anos após o deslizamento da Lixeira de Hulene, o reassentamento ainda não está completo, com as restantes 21 casas por entregar a um total de 265 famílias. Recorde-se que o deslizamento da lixeira de Hulene ocorreu em Fevereiro de 2018 e, seis anos depois, o município de Maputo ainda não concluiu o reassentamento das famílias atingidas. Das 265 famílias afectadas, 244 já receberam as suas casas.
Vale ressaltar que esta é a segunda vez, neste ano, que o município entrega um novo lote de casas a esse grupo. Em Abril, 50 casas foram entregues pelo edil, poucos dias após as famílias vítimas do desabamento da lixeira de Hulene terem protestado contra a falta de pagamento do subsídio de renda das casas onde viviam. Na ocasião, as famílias relataram casos de despejos por parte dos locatários. (M.A)