Pelo menos oito pessoas morreram e outras quatro estão desaparecidas na sequência do naufrágio de uma canoa no rio Zambeze, na província de Sofala, no centro de Moçambique, disse ontem à Lusa o administrador local.
“O naufrágio ocorreu devido a sobrelotação da canoa (…). Perderam a vida oito pessoas, seis crianças e dois adultos”, disse à Lusa Nobre dos Santos, administrador do distrito de Caia, na província de Sofala, onde o acidente ocorreu.
A canoa transportava um total de 12 pessoas, sobretudo camponeses, que pretendiam visitar os seus campos agrícolas na ilha Moto, atravessando o rio Zambeze, quando o barco naufragou por voltas das 06:00 (05:00 em Lisboa), avançou a fonte.
Quatro pessoas continuam desaparecidas e as operações de busca prosseguem, assegurou o administrador.
“Temos uma embarcação no local, estão lá os técnicos do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastre, está lá a marinha e está lá os serviços distritais”, declarou.
O acidente em Caia ocorre uma semana após a tragédia de Nampula, onde um barco de pesca com mais de 130 pessoas também naufragou, provocando a morte de, pelo menos, 98 pessoas.
De acordo com as autoridades marítimas em Nampula, a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito e as pessoas que transportava fugiam a um surto de cólera no continente, com destino à Ilha de Moçambique, tendo o naufrágio acontecido a cerca de cem metros desta costa.
O Conselho de Ministros de Moçambique decretou luto nacional de três dias na sequência do acidente, com vários países parceiros de Moçambique a manifestarem a sua solidariedade face à tragédia.(Lusa)