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terça-feira, 12 março 2024 07:18

FADM incapazes perante movimentações de insurgentes em Cabo Delgado – África Monitor

O governo do Presidente Filipe Nyusi mantém a estratégia de "gestão de danos" do conflito em Cabo Delgado, procurando ganhar tempo no plano interno e externo e não comprometer as promessas de levantamento da suspensão do principal projecto de gás natural a cargo da Total Energies (Área 1). A aposta do governo aponta para a utilização pelo exército dos novos reforços militares provenientes do recrutamento obrigatório e de equipamentos entretanto encomendados, como drones.

 

O aumento da presença jihadista a sul de Cabo Delgado, para onde vários grupos se deslocaram durante o mês de Janeiro, compromete a circulação para Pemba e volta a colocar pressão sobre a indústria extractiva e sobre a zona norte da província de Nampula.

 

Segundo fontes locais, para além da entrada de estrangeiros recrutados para combater ao lado dos insurgentes em Cabo Delgado, continuam a ingressar nas células armadas dezenas de naturais de Nampula, sobretudo dos distritos de Memba e Erati, que estiveram sob ataque em Setembro de 2022.

 

Os últimos 75 dias foram caracterizados pelo agravamento significativo da insegurança em Cabo Delgado.

 

“África Monitor” reporta ainda que Moçambique poderá atrair mais investidores para Energia Solar. Com efeito, Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Maputo deverão liderar os projectos de energia renováveis, sobretudo energia solar, com ligação à rede pública.

 

O governo pretende que 1/5 da matriz energética do país (20%) provenha de fontes renováveis em 2030, de acordo com o Plano Director de Infra-Estruturas Eléctricas 2018-2043. A energia é ainda, juntamente com os custos logísticos e as telecomunicações, um dos factores-chave desincentivadores do IDE no país, devido aos custos mais elevados. (África Monitor)

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