A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) e a Ordem dos Arquitectos de Moçambique lançaram, na quinta-feira passada, em Maputo, o prémio anual Júlio Carrilho, uma forma de homenagear e preservar o legado do primeiro bastonário daquela ordem e primeiro ministro das Obras Públicas após a independência de Moçambique, falecido em 2021, vítima de doença.
Júlio Carrilho foi também administrador da FDC, professor auxiliar e director do Centro de Estudos de Desenvolvimento do Habitat da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane.
O prémio, dividido em duas partes, visa distinguir o melhor trabalho de fim de curso de arquitectura, assim como o melhor projecto da área, desenvolvido por jovens até 30 anos de idade.
O lançamento do prémio decorreu durante o primeiro Congresso dos Arquitectos e contou, além dos profissionais do sector, com a presença do ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, Presidente do Conselho Autárquico de Maputo, Rasaque Manhique, Secretário de Estado da Cidade de Maputo, Vicente Joaquim, PCA da FDC, Graça Machel, viúva e filhos de Júlio Carrilho.
“Queremos que sejam valorizados os trabalhos que abarcam o uso racional da água e o uso de energias renováveis, para que possamos contribuir nas acções de adaptação às mudanças climáticas”, disse Graça Machel.
Por sua vez, Fernanda Machungo, esposa de Júlio Carrilho, lembrou as qualidades de Júlio Carrilho enquanto líder, esposo, amigo e professor, destacando sua bondade, honestidade e paciência. “É impossível mencionar Júlio sem mencionar sua paixão pela arquitectura. Os passeios em família aos domingos eram repletos de histórias e lições, tornando cada dia ao seu lado uma experiência enriquecedora e educativa", disse.(Carta)