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segunda-feira, 15 janeiro 2024 07:39

Lam nega alegações da Boing

A Boeing exige 4,5 milhões de dólares à LAM, Linhas Aéreas de Moçambique, por alegados pagamentos em atraso num contrato de fornecimento de peças, informou a agência portuguesa Lusa. No entanto, a transportadora apenas reconhece uma dívida de 729 mil dólares, segundo documentos oficiais.

 

A empresa norte-americana enviou uma factura em 20 de Dezembro de 2023, que inclui um item que diz que a LAM deveria reembolsá-la no valor de 3.487.851 dólares, pois afirma que mais de 30 peças ou itens nunca foram devolvidos de Moçambique ou foram devolvidos com atraso à Boeing.

 

No entanto, fontes da transportadora estatal moçambicana alegaram que não eram eles os culpados pelos atrasos, mas sim os transitários e as disposições aduaneiras (que desde então foram alteradas para facilitar o processo).

 

A disputa também chegou à Inspecção-Geral do Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique, onde documentos separados de Janeiro mostraram que a Boeing disse que todos os itens e equipamentos foram devolvidos.

 

A LAM ofereceu à Boeing o pagamento das suas dívidas em pagamentos faseados, mas a Boeing recusou a proposta.  O contrato contestado foi assinado em 2014. Entretanto, a LAM tem um crédito de cerca de 23,5 milhões de dólares com a Boeing, proveniente de um contrato separado de Novembro de 2013, que deveria ajudá-la a adquirir novos jactos e a expandir as suas operações.  No entanto, a Boeing recusa-se a libertar estes fundos para a LAM até que a factura de fornecimento de peças seja liquidada.

 

De acordo com dados disponíveis, três B737-7 deveriam ser entregues à LAM em 2015, 2016 e 2017, respectivamente, mas foram adiados devido a restrições financeiras da companhia aérea.  A LAM também detinha os direitos de compra de três B737NG adicionais.

 

A LAM tem vindo a sofrer tentativas de revitalização depois de o governo moçambicano ter contratado a Fly Modern Ark para gerir a transportadora nacional. Segundo dados de fim de Outubro, a dívida da empresa caiu de cerca de 25,28 mil milhões de meticais (USD 400 milhões) para 18,33 mil milhões de meticais (USD 290 milhões).(Lusa)

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