A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) decidiu continuar as negociações com o Governo e, para tal, a greve continua suspensa por, pelo menos, mais duas semanas.
“Estamos a dar mais 15 dias para que o Governo tenha espaço para atender à tensão pós-eleitoral decorrente da alegada fraude, porque não queremos ser confundidos. Desde o dia 11 de Outubro, a tensão acabou interrompendo o diálogo entre os profissionais de saúde e o Governo”, disse esta segunda-feira (06) o presidente da APSUSM, Anselmo Muchave.
“Os profissionais vão aguardar pacificamente nos seus postos de trabalho até ao dia 18 de Novembro, data em que se espera que a situação se normalize”.
Muchave afirmou que, até agora, apenas foi cumprido 45 por cento do caderno reivindicativo, como é o caso da construção de algumas unidades sanitárias, alocação de ambulâncias para alguns hospitais e montagem de aparelhos de Tomografia Computorizada (TAC) em alguns hospitais.
“Neste momento, não estamos a dizer que estamos satisfeitos, mas estamos num bom passo. Durante o período negocial, o Governo abriu espaço e mostrou-se preocupado com a classe. Neste contexto, exortamos a todos os profissionais de saúde a serem vigilantes, humildes e solidários nos seus postos de trabalho e aguardarem por novas informações que possam surgir do diálogo que está a decorrer”, referiu Muchave.
Lembrar que a APSUSM exige no seu caderno reivindicativo que o Governo providencie medicamentos, camas e outros consumíveis, alimentação, ambulâncias com materiais de emergência, entre outras condições. (M.A)