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sexta-feira, 03 novembro 2023 07:50

Venâncio Mondlane confia no Conselho Constitucional para reverter os resultados da Cidade de Maputo

O cabeça-de-lista da Renamo, na cidade de Maputo, para as sextas eleições autárquicas, Venâncio Mondlane, diz que ainda confia no Conselho Constitucional (CC) para reversão dos resultados da Cidade de Maputo e de outras autarquias. Falando nesta quinta-feira, em mais uma marcha pacífica, em reivindicação aos resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), Mondlane disse que até agora o CC tem tido uma postura que alimenta alguma esperança.

 

“É verdade que algumas decisões são discutidas sob o ponto de vista técnico, mas eu penso que ainda continuamos a depositar confiança no Conselho Constitucional. Em relação aos resultados eleitorais da cidade de Maputo, não me parece que haja muito para o CC, é apenas uma questão de matemática. Existem editais verdadeiros e originais que estão na posse da Renamo e os órgãos eleitorais não conseguiram apresentá-los e nem a Frelimo não os apresentou mesmo em sede do tribunal. Então, tudo indica que o recurso da Renamo tem tudo para ser aprovado e daí a reversão dos resultados”, explicou.

 

Na sua intervenção, Mondlane destacou que, até este momento, ainda existe o benefício da dúvida em relação ao Conselho Constitucional. No que diz respeito à marcha realizada nesta quinta-feira (02), ele disse que esta continua a ser a estratégia da Renamo não só para pressionar pela verdade eleitoral, mas também para reivindicar a existência de presos políticos em Moçambique.

 

“Nesta terça-feira, foram restituídos à liberdade 32 jovens presos ilegalmente e a própria juíza descreveu que se tratava de liberdade imediata por causa de invalidade do auto de notícia, quer dizer, um certificado de incompetência, de ilegalidade e de princípios anti-democráticos usados pela própria polícia”.

 

Segundo Mondlane, é gravíssimo o que está a acontecer em Moçambique. ″Neste momento, vive-se um cenário não só de falsificação de resultados, mas também uma tentativa de homicídio da democracia e da Constituição da República″. (M.A)

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