Os médicos residentes do Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país, ameaçam parar de fazer horas-extras a partir do dia 01 de Novembro próximo, por falta de pagamento para este trabalho suplementar.
A informação foi partilhada na última sexta-feira, pelo Director do HCM, Mouzinho Saide. Falando à imprensa, Saide disse: “recebemos uma carta dos médicos internistas desta unidade sanitária a informar que iam paralisar as actividades extraordinárias. Este não é um problema de hoje. Tem sido discutido em busca de soluções”.
Na carta entregue à direcção do HCM, os médicos ameaçam paralisar as actividades devido ao desgaste físico e psicológico, bem como aos custos de deslocação.
A decisão surge depois de várias tentativas de resolução do problema, mas sem nenhuma solução. “Decidimos paralisar as actividades extraordinárias por unanimidade e declaramos indisponibilidade fora do horário normal do expediente, nos feriados e fim-de-semana. Não poderemos prestar o trabalho de ronda, urgências e outras actividades pertinentes neste período”, refere o grupo na carta.
Entretanto, o Director do HCM garante estar em busca de soluções para evitar a paralisação que poderá causar prejuízos no funcionamento do hospital. (Carta)