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sexta-feira, 25 agosto 2023 08:19

Mortalidade infantil em Moçambique caiu para 39 óbitos por mil nascimentos – estudo

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Os indicadores de mortalidade infantil em Moçambique voltaram a cair, com o país a registar uma taxa de 39 óbitos de bebés por cada mil nascidos, segundo o Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 2022/2023, apresentado ontem em Maputo.

 

O estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE), realizado em conjunto com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde, refere que a taxa de mortalidade infantil (número de crianças que morreram antes de completar 01 ano de vida por cada mil nascidas vivas), nos últimos cinco anos, foi o mais baixo dos quatro IDS já realizados no país, tendo em conta os 135 em 1997, os 101 em 2003 e os 64 em 2011.

 

O estudo, o quarto IDS realizado em Moçambique, financiado por várias organizações internacionais, conclui que 67,5% dos partos foram assistidos por um profissional de saúde e 64,5% foram feitos numa unidade de saúde, quando em 2011 foram, respetivamente, 54,3% e 54,8%.

 

O estudo aborda igualmente o estado nutricional do país, concluindo que das 11 províncias (incluindo a cidade de Maputo), seis estavam em situação de desnutrição crónica e duas (Niassa e Zambézia) em desnutrição aguda.

 

Aponta ainda que 72,5% das crianças a nível nacional estavam com anemia, contra 68,7% em 2011, enquanto nas mulheres com idade de 15 a 49 anos essa percentagem foi de 51,8%, contra 53,9% em 2011.

 

O projeto IDS é financiado pela agência de cooperação internacional norte-americana USAID e fornece assistência técnica a países de baixa e média renda nas áreas de recolha e uso de dados para monitorar e avaliar programas de população, saúde e nutrição.

 

Desde 1984 já foram realizados mais de 400 inquéritos IDS em mais de 90 países. Em Moçambique, o trabalho de campo do quarto IDS decorreu de 27 de julho de 2022 a 27 de fevereiro de 2023.

 

Segundo o INE, a informação recolhida vai permitir “conhecer o estado de saúde da população, assim como as suas características sócio-demográficas”, monitorar os progressos alcançados com alguns programas de desenvolvimento económico e social e “avaliar o impacto das políticas e programas na população”. (Lusa)

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