Em Moçambique assiste-se a um cada vez maior movimento de solidariedade local para com os que no centro do país sofreram e continuam a sofrer os efeitos do ciclone tropical IDAI. Dos mais variados cantos do mundo também continuam a chegar apoios sob as mais diversificadas formas, provenientes de diferentes governos e organizações multilaterais.
Solidariedade interna
Internamente, a Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) anunciou na segunda-feira (18) que já canalizou ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais (INGC) 4 milhões de Mts para apoio às vítimas do IDAI. Com a mesma finalidade, o Banco Nacional de Investimento (BNI) disponibilizou ontem (19) em Maputo 3 milhões de Mts, também dinheiro enviado ao INGC.
Outra contribuição é a do Comité Internacional da Cruz Vermelha, que nesta terça-feira (19) comprometeu-se a entregar 100 litros de “diesel” para alimentar o gerador do Hospital Central da Beira (HCB). Esta unidade hospitalar teve de encerrar o seu bloco operatório por falta de energia eléctrica na capital provincial de Sofala, devido aos danos causados pelo IDAI no sistema da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM). Por sua vez, a empresa de logística DHL efereceu sua disponibilidade de entregar gratuitamente aos destinatários os apoios oferecidos em diferentes pontos do país.
Apoios vindos de fora
A União Europeia (UE) anunciou um pacote de ajuda de emergência inicial de 3.5 milhões de Euros para Moçambique, Malawi e Zimbabwe, os três países da África Austral afectados pelo ciclo tropical IDAI. Daquele montante, apenas 2 milhões de Euros destinam-se ao nosso país. Um comunicado da UE refere que o financiamento será usado no apoio logístico às pessoas afectadas nas componentes de abrigos, higiene, saneamento e cuidados médicos. A UE diz ter enviado uma equipa de especialistas técnicos para o terreno. “O nosso sistema de satélites do Programa Copérnico foi activado para identificar necessidades e assistir os nossos parceiros humanitários, bem como as autoridades locais, nas suas respostas”, lê-se num comunicado enviado por aquela organização continental.
Por sua vez, o Reino Unido doou 6 milhões de libras às vítimas do IDAI em Moçambique e Malawi. Citada num comunicado, Penny Mordaunt, Ministra de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, afirmou que este país tem especialistas humanitários que estão agora no terreno ajudando na coordenação da resposta ao desastre provocado pelo IDAI. Mordaunt acrescenta que se for necessário a ajuda será aumentada. (Evaristo Chilingue)