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terça-feira, 21 março 2023 09:51

Associação dos Docentes Universitários de Moçambique (ADUM) condena uso da força pelo Governo para perpetuar violência política

manifestações min

A ADUM considera inaceitável que o actual Governo, movido por interesses estranhos à democracia e que violam a Constituição da República de Moçambique, recorra às forças policiais que pela lei são republicanas e guardiões da legalidade para reprimir aos manifestantes em pleno gozo dos seus direitos fundamentais. A posição da Associação vem expressa num comunicado enviado hoje a "Carta" no rescaldo da violência protagonizada no sábado contra manifestantes indefesos.

 

"A ADUM condena o uso da força coerciva pelo Governo para perpetuar violência política que é o fenómeno que ocorre quando aquele que devia garantir a segurança dos seus cidadãos se torna numa ameaça a estes"- referem os docentes universitários de Moçambique.

 

A ADUM propõe uma reflexão profunda por parte das autoridades governamentais e das várias forças vivas da sociedade, por forma a reverter a tendência actual em Moçambique, caracterizada por violência política e violação sistemática dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, consagrados na Constituição da República de Moçambique e nos demais dispositivos legais internacionais retro mencionados.

 

No último sábado, a PRM usou força excessiva, gás lacrimogéneo e balas de borracha e reais, para dispersar manifestantes que marchavam pacificamente em Maputo e noutras cidades, gritando Povo no Poder, em homenagem ao falecido rap Azagaia.

 

Alguns manifestantes foram detidos e outros feridos.


No caso de Maputo, a manifestação tinha sido chancelada pelas autoridades municipais mas a Polícia ignorou a autorização. (Carta)

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