Começa a despenhar o “voo político” de Edson da Graça Francisco Macuácua, antigo porta-voz da Frelimo; de Armando Emílio Guebuza, na Presidência da República; e ex-Presidente da 1ª Comissão da Assembleia da República, a mais importante comissão de trabalho do parlamento moçambicano.
Depois de ter ocupado cargos de relevo no partido Frelimo e na Estrutura de Estado, Edson Macuácua acaba de ver o seu “estrelismo” reduzido às cinzas. Esta segunda-feira, o Chefe de Estado nomeou o jurista para o cargo de vice-Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, um posto de “auxílio” ao titular do sector, que é o único membro do Governo.
Macuácua, que chegou a distribuir seu curriculum vitae nos corredores do partido Frelimo para ser eleito Secretário-Geral daquela formação política durante o XI Congresso realizado em Setembro de 2017, foi exonerado do cargo de Secretário de Estado da província de Manica, no passado dia 19 de Janeiro, posto que vinha ocupando desde Fevereiro de 2020.
Como Secretário de Estado da província de Manica, Edson Macuácua era a figura política mais importante da província, na qualidade de representante máximo do Estado, tendo protagonizado situações hilariantes nos seus primeiros meses de governação: seus colaboradores chegaram a curvar-se perante a sua figura, assim como a carregá-lo numa cadeira, como se de um “Faraó (Rei do Egipto Antigo)” se tratasse.
A partir desta segunda-feira, Edson Macuácua passa a frequentar as sessões do Conselho de Ministro, mas sem o mesmo protagonismo que os Ministros, que são os verdadeiros membros daquele órgão.
Sublinhar que Edson Macuácua passa a integrar um Ministério, cuja relevância política, social e económica é diminuta no nosso país. (A.M.)