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O surto de cólera já provocou a morte de 37 pessoas em Moçambique, desde Março do ano passado, entre os 5.260 casos registados pelas autoridades, anunciou o ministro da Saúde, Armindo Tiago. O país já recebeu vacinas e prepara-se para iniciar uma campanha de vacinação a partir do próximo dia 27 em oito distritos, nomeadamente, Lago, Lichinga, Mandimba, Mecanhelas e Sanga no Niassa, que por sinal estão localizados nas regiões fronteiriças com Malawi e Tanzânia, Milange na Zambézia, Caia em Sofala e Xai-Xai em Gaza.
Até Janeiro passado, a província do Niassa tinha registado 10 mortes por cólera, seis das quais no distrito de Lago e mais de 600 casos. A campanha de vacinação terá a duração de cinco dias e vai abranger toda a população com idade igual ou superior a 1 ano, devendo alcançar, no total, 719.240 indivíduos.
Os dados foram partilhados esta quarta-feira (22), pelo Ministro da Saúde Armindo Tiago, durante a reunião conjunta do Ministério da Saúde (MISAU) e da Iniciativa Mundial de Erradicação da Poliomielite.
Relativamente à possibilidade de o país ser afectado nos próximos dias por uma depressão ou ciclone tropical, o Ministro da Saúde lançou um apelo para a prontidão das equipas de resposta da saúde nas áreas que poderão estar em alerta.
Em relação à poliomielite, Tiago mostrou a sua satisfação pelo facto do país ter somado 189 dias sem registo de novos casos de poliomielite e, como forma de consolidar estes ganhos, o sector da saúde está a preparar para este ano mais três rondas de vacinação, das quais duas de âmbito nacional.
Entretanto, o país notificou no ano passado 932 casos de poliomielite, o equivalente a uma taxa de detecção de 6.7/100.000 habitantes menores de 15 anos, contra 473 em 2021. (Marta Afonso)
